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«Todas as mães precisam de um refúgio»

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publicado há 5 anos
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A vida surpreende-nos a cada dia… O que antes era um projeto arquivado, da noite para o dia, tornou-se um sonho concretizado. Fui dormir advogada e acordei escritora. Advogada e escritora. E mãe. E filha. E esposa. E irmã. E madrasta. E amiga… e tantos outros papéis que desempenho diariamente.

Olhando para trás, fiquei pensativa em como cheguei até aqui. Do alto dos meus 46 anos, percebo que aquele sonho adormecido de um dia escrever um livro apenas se tornou realidade quando, já adulta, passando por um segundo casamento e com uma filha recém-nascida, percebi que precisava de dar vazão aos meus sentimentos, à montanha russa de emoções pelas quais já passei e ainda passo.

E como num filme, assisti ao “trailer” da minha vida e saboreei, às vezes a rir, às vezes a chorar, os episódios que me tornaram a mulher que hoje sou. Resolvi, então, escrever sobre tudo isso.

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Essa mulher complexa – como somos todas nós – bombardeada pelas necessidades e urgências dos filhos, do marido, do trabalho, da casa, e de todos os demais departamentos que compõem a empresa chamada VIDA, precisa, em algum momento das 24 horas diárias a que tem direito, usufruir de alguns momentos de solidão, de “ensimesmamento” (sim, esta palavra existe). Ela precisa de olhar para dentro de si e resgatar alguns pontos pendentes, desfocados, perdidos no tempo e no espaço.

Cada uma de nós tem um refúgio, um porto seguro, um gatilho que nos possibilita olhar para dentro de nós mesmas e descobrir ou encontrar ou resgatar nossa essência. No meu caso, esse refúgio é a escrita. Nos meus raros, mas preciosos momentos de solidão, sento-me em frente ao computador e como num passo de magia, a avalanche de palavras que traduzem as minhas emoções e sentimentos toma conta de mim.

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Os meus dedos ágeis constroem frases que dizem muito sobre mim, desnudam a pessoa que sou nesses vários papéis que desempenho. O encanto desse refúgio é que, se eu fechar os olhos, também posso formatar um texto que não traduza exatamente o que acontece na minha realidade factual, mas sim na realidade dos meus pensamentos. E isso é mágico.

Vasculhando os recônditos da minha memória, encontro imagens adormecidas, sensações esquecidas, alegrias às vezes não vividas. Posso revirar as “caixas” que estão no meu cérebro e despejar todo o seu conteúdo. Posso colocar tudo de “pernas para o ar”. Posso realocar sentimentos, realojar carências, sufocar tristezas e transformar branco e preto em puro colorido. Esse é o poder da escrita.

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Para mim, escrever é como respirar. Escrever faz-me sentir viva, liberta, pulsante, dona de mim mesma. Esse é meu ponto de equilíbrio e de encontro com minha essência. É quando me desloco de mim mesma, e assisto à minha vida como expectadora.

E todas as vezes que finalizo um texto, abro um sorriso de pura satisfação. Então estou pronta para ser a mãe que as minhas filhas precisam, a mulher que o meu marido deseja, a filha da qual meus pais se orgulham, a amiga querida que sabe dar o conselho certo na hora certa… enfim, a autora do meu livro e da minha vida.

Texto: Marcella Bisetto, mãe, advogada e escritora apaixonada

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