Não há fundamentalista que mude a opinião que eu tenho sobre a amamentação. Tenho um trauma que ganhei na primeira gravidez e não vai passar. Posto isto, decidi secar por completo o meu peito e o leite, agora quando nasceu o meu segundo filho.
Acreditem que foi o melhor que eu fiz. Confesso que não hesitei nem por um segundo. Quando engravidei pela segunda vez muitos me perguntavam se iria amamentar. Todos sabiam da minha má experiência, todos sabiam do meu trauma. E mesmo assim perguntavam na esperança de ouvir uma resposta positiva. Mas não, não tem que ser. Cada um faz o que quer à sua vida. Há quem nunca tenha amamentado na vida por opção. São más mães por isso? Claro que não! Que estupidez! Sim, é o que a Organização Mundial de Saúde aconselha, mas cada mãe é que sabe. Ponto.
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Não quero com este testemunho desencorajar as mulheres a darem maminha. Nem pensar! Até pelo contrário! Tenho várias amigas que falam maravilhas da amamentação, não tiveram dores e correu tudo muito bem.
Comigo não foi assim. E, sim, tive muita ajuda, acompanhamento… mas não correu bem e há que aceitar. O meu filho hoje tem quatro anos e é super saudável. O meu mais novo tem poucos meses e eu vivo tão serena com a minha decisão. Falo mesmo do fundo do coração. Quase apanhei depressão na primeira gravidez com o stress todo que envolve a maternidade e ainda o facto de não ter conseguido amamentar em condições.
Hoje sou uma pessoa feliz e uma mãe muito mais feliz.
Mas não deixem de o fazer com os vossos filhos. Amamentem! Pode ser que corra melhor com vocês.
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Texto: Carla Tavares