Isabel Figueira faz questão de mostrar aos filhos a dura realidade dos sem-abrigo

Filipa Rosa

publicado há 4 anos

São muitas as iniciativas de solidariedade que surgem nesta época de Natal. Apesar de ser solidária todo o ano, a atriz Isabel Figueira fez questão de organizar um pequeno evento, no passado dia 21 de novembro, na Fundação do Gil, com o apoio de algumas amigas e da marca Clementoni.

“Chorona” assumida, Isabel Figueira, de 39 anos, emocionou-se várias vezes durante a ação de solidariedade, principalmente enquanto falava com a Crescer. A atriz carregava no colo uma bebé de seis meses, a mais pequenina da Casa do Gil. A ternura no olhar da menina e as festinhas que lhe dava na cara levaram a atriz às lágrimas.

«Desde que sou mãe que fiquei uma chorona nata. Todos os anos vou com os meus filhos dar um passeio de carro na véspera de Natal para verem os sem-abrigo e perceberem as realidades que existem… Custa-me muito, no mundo em que nós vivemos, as coisas estarem tão mal distribuídas. Custa-me imenso! Há uns que têm muito, há outros que têm tão pouco… e nós hoje, com tão pouco, fizemos uma hora estas crianças um bocadinho mais felizes», afirmou a atriz, que é mãe de Rodrigo, de 12 anos, e Francisco, de seis.

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Ainda por inaugurar, o espaço onde foi realizada a iniciativa foi criado para arrendar, realizar festas de aniversário e outros eventos. O dinheiro reverte a favor da Casa do Gil e dos projetos da fundação, que alberga 16 crianças.

«Quando conheci este espaço, não fiquei indiferente a esta história e senti que deveria fazer algo para ajudar», disse a atriz, que se lembrou de convidar algumas amigas para serem madrinhas dos meninos, como são exemplo: Ana Pinto Ribeiro, Agatha Roquette, Maria João Costa, Tristana Esteves Cardoso, Rita Andrade, Sara Biscaia Fraga e Sara Esteves Cardoso.

A Clementoni juntou-se à iniciativa e ofereceu vários brinquedos. «Nós, figuras públicas, temos este dever de chamar mais a atenção para este tipo de realidades. As pessoas ainda estão um pouco indiferentes. Quando me dizem que não há tempo… desculpem, mas há tempo para tudo. Se conseguem ir arranjar as unhas ou o cabelo, também têm tempo para dar carinho a estas crianças, nem que seja uma hora. É importante fazer estas crianças um bocadinho mais felizes. Hoje somos poucas, mas amanhã podemos ser muitas mais madrinhas. Deveria ser uma obrigação de cada pessoa e fazê-lo de coração aberto», referiu.

«Vou de coração cheio»

Visivelmente emocionada, Isabel Figueira confessa que são as pequenas ações solidárias que a enriquecem a nível pessoal. «Vou de coração cheio, vou mesmo! E vou voltar! É aqui que eu sinto que vale a pena este tipo de ações, que valeu a pena o trabalho, que valeu a pena chatear as minhas amigas, porque isto foi um evento diferente. Elas são todas minhas amigas, por isso têm outro sabor estes momentos», disse.

«Conhecer estas crianças pessoalmente e saber das suas histórias marcou Isabel Figueira, que já desafiou as amigas, e agora madrinhas, a fazerem uma visita à Casa do Gil com os filhos. «Não há nada mais gratificante do que isto. Sempre fui solidária e não pode ser só no Natal. Se todos fizermos um bocadinho, conseguimos fazer a diferença e mudar as vidas de quem mais precisa. Isto preenche-me imenso. Quero um dia olhar para trás e estar orgulhosa, não só do percurso profissional e familiar, mas também a nível solidário.»