Histórias Inspiradoras

Histórias Inspiradoras: Conheça o projeto de solidariedade ‘Mão Urbana’

Andreia Costinha de Miranda
publicado há 6 anos
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«Ajudar não custa!» Esta é uma frase muito utilizada, principalmente em alturas festivas, como é exemplo o Natal. Mas há quem pense desta forma durante todo o ano. E a protagonista desta História Inspiradora é exemplo disso. «Olá, sou a Joana Esteves, sou assistente administrativa numa farmacêutica, vivo em Alcabideche, sou casada com o Paulo e tenho dois filhos, o Diogo e a Margarida».

Um projeto inovador

 

É assim que esta mãe e empreendedora se apresenta. Mas o site Crescer dá-lhe a conhecer um pouco mais sobre esta mulher, que «nasceu para mudar o Mundo». «O meu coração, na balança da vida, pesa muito, mas mesmo muito mais, do que a razão e não consigo deixar passar em branco, o facto de haver neste país, crianças a passar fome, mulheres que fazem da violência doméstica um modo de vida para ‘protegerem os filhos’ e famílias a quem ‘aquela oportunidade’ nunca lhes foi dada para vencerem juntos», diz-nos.

Por ter este pensamento, Joana criou a Mão Urbana (MU) que tem como principal objetivo «fazer chegar a saúde e formação a toda a gente». «Espero que seja num futuro próximo… gostava que fosse bem rápido», assegura com um sorriso.

Feminista assumida, esta mulher de 36 anos tem bem vincada a ideia de que pode, com luta e empenho, levar as suas convicções avante. «Acho que posso assumir que ponho um pouco do movimento neste projeto. Sei a importância da mulher como um pilar importante dentro de uma família. Gostava de investir mais nesta faixa das mulheres de família, dar-lhes as armas para irem para a luta do dia-a-dia seguras de si mesmas e capazes de assumir o controlo, mesmo que muitas vezes estejam sozinhas», garante.

O que é que a Mão Urbana já fez?

 

Empenhada em fazer muito pelos outros, Joana conta ao site Crescer o que a MU já conseguiu alcançar… sempre em prol dos outros. «Todos os anos, mais ou menos nesta altura, angariamos roupa para um projeto com quem temos uma espécie de parceria do coração, o Projecto C.A.S.A. – Delegação de Cascais ( Centro de Apoio aos Sem Abrigo). Tivemos uma participação, na angariação de uma tenda e saco cama, para um sem abrigo que perdeu tudo. Conseguimos que uma marca de artigos desportivos conhecida nos doasse tudo o que ele precisava.»

«Fomos a Pedrogão levar roupas e comida, mesmo aos locais onde estava a ser feita a verdadeira triagem e produtos de farmácia para os veterinários tratarem os animais feridos no incêndio. Aqui a nossa missão foi principalmente entregar em mão, tudo o que nos deram, para que as pessoas que nos confiaram essa tarefa, soubessem que tudo o que nos deram chegaria a quem realmente precisava.

«Participámos, e esperamos estar lá este ano novamente, na organização do lanche de natal das crianças do Bairro da Ajuda, em Lisboa. Tratámos da comida e ainda conseguimos levar um presente para cada criança. No início deste ano letivo, ‘enchemos a mochila’ a duas meninas de uma família especial e conseguimos 16 packs de cadernos para mais 16 crianças de um bairro carenciado», desvenda.

O ‘medo’ de ajudar

 

A Mão Urbana é a prova de que «ajudar não custa» e este projeto pode vir a ser um exemplo de solidariedade. Mas Joana tem os pés bem assentes na Terra. «Não é bem exemplo, porque ainda temos muito para aprender», diz. «As pessoas continuam a ajudar, mas sempre com o receio de que exista alguém que tire partido desta ajuda e que não precise. Acho que os escândalos nos media, tornaram a solidariedade numa atitude onde a desconfiança faz com que se dê a medo, medo de ‘estar a encher a barriga a pançudos’ como diz o bom ditado português», realça.

 

O que se pode esperar mais da Mão Urbana?

 

«O ideal seria não esperar», garante. «Queria mesmo elevar ainda mais a fasquia e ter um centro/espaço, onde conseguíssemos dar às famílias formação, saúde e serviços de apoio para poderem ter, de uma vez por todas, um suporte que, volto a dizer, muitas vezes não tem a ver com dinheiro, mas sim com as ferramentas para que a luta da vida, muitas vezes madrasta, se torne mais doce e lhes dê o orgulho do verdadeiro significado da palavra família», assegura.

E sendo Joana uma lutadora, o que gostava de dizer para que o Mundo inteiro ouvisse? «Já dizia o provérbio chinês, ‘não lhe dês o peixe, mas ensina-o a pescar’. Vamos trocar experiências, vamo-nos ajudar mais uns aos outros. Vamos ensinar os nossos filhos a dar. O que se recebe é tão grande, o abraço de gratidão é tão verdadeiro, que torna tudo tão mais fácil. As pessoas não têm noção e acham que é um ‘cliché’. Desafio-vos a tentar!»

Aqui ficam os contactos deste projeto inovador, que tem como lema «Se te der uma mão… dás-me a outra que te sobra?»:

Site Mão Urbana

Facebook Mão Urbana 

Instagram Mão Urbana

E-mail Mão Urbana: [email protected]

 

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