Foi a 28 de junho de 2011 que o ator e cantor Angélico Vieira perdeu a vida, vítima de um acidente de viação, deixando milhares de jovens devastados. O site Crescer quis perceber como poderão os pais ajudar os filhos a ultrapassar a morte de um ídolo. A psicóloga Sofia Moura tem as respostas.
Há oito anos, o país ficou chocado com a notícia, principalmente a geração mais nova. O jovem fazia parte da banda D’ZRT e foram muitas as homenagens prestadas ao também ator da série juvenil “Morangos com Açúcar”, da TVI.
«A adolescência poderá apresentar-se como a pior fase para se perder um ídolo por se tratar de um período em que existem uma soma de ambiguidades, sendo que a adolescência por si só é caracterizada por um luto dos aspectos da infância. Uma morte vivenciada durante este percurso merece um olhar mais cuidado por parte dos pais», começa por explicar Sofia Moura. «Um ídolo pode ser uma referencia importante de identificação nesta fase de construção de uma nova identidade do adolescente, pelo que o desaparecimento e ou morte de um pode ter um forte impacto no adolescente. É importante identificar pensamentos e ajudar a dar voz aos sentimentos a eles associados, sem andar demasiado “em cima deles”dando-lhes espaço e tempo.»
LEIA TAMBÉM: «Socorro, tenho um adolescente em casa!»: Psicóloga ajuda-o a entender o seu filho
A questão que muitos pais colocam é: Deverão os jovens ir ao funeral e fazer uma última homenagem? Para a psicóloga, a resposta não é assim tão fácil. «A morte repentina põe em evidência a fragilidade do ser humano, com a qual o adolescente não costuma lidar nesta fase em que tipicamente se considera imortal e sem limites. Querer confrontar-se e participar numa última homenagem deve ser respeitado pelos pais, como expressão do seu sentir e do seu pesar», refere.
Contactos da psicóloga Sofia Moura:
www.mindengineers.pt
914068548