Ninguém quis acreditar no que aconteceu no passado dia 15 de maio, na Malásia. Uma jovem de 16 anos fez uma sondagem no Instagram na qual pedia aos seguidores que a ajudassem a tomar uma decisão entre a vida e a morte.
De acordo com o jornal britânico, The Guardian, 69 por cento dos seguidores votou em morte tendo a rapariga sido encontrada sem vida cinco horas após ter feito a publicação.
O nome da rapariga não foi revelado, nem mesmo a causa da morte. A única informação que foi tornada pública foi a de que se terá suicidado assim que teve conhecimento da decisão das pessoas que votaram na sondagem.
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O advogado, Ramkarpal Singh, já veio a público sugerir que todos os que participaram na votação, a favor da morte da jovem, podem vir a ser considerados culpados pelo suicídio da rapariga. «Será que a rapariga continuaria viva se a maioria dos seus seguidores a tivessem desencorajado? E será que ela teria procurado ajuda se aquelas pessoas o tivessem sugerido? Ou aquele encorajamento à morte serviu, de facto, para influenciar a decisão de se suicidar? Visto que a tentativa de suicídio é crime neste país, talvez a estimulação ao suicídio o seja também», terá avançado o advogado à imprensa local.
Num comunicado enviado à imprensa, o ministro Syed Saddiq Syed Abdul Rahman confessou que esta situação voltou a trazer a público que é importante debater-se a saúde mental na Malásia. «Estou genuinamente preocupado pelo estado da saúde mental dos nossos jovens. É um problema nacional que deve ser encarado com seriedade».
Instagram não fica indiferente à tragédia
Ao saber o que tinha acontecido, a rede social Instagram acabou por reagir. Em declarações ao comité britânico de inquérito sobre a influência das tecnologias, Chin Yee Wong, responsável pela comunicação da imprensa, lamento o que aconteceu. «Temos uma responsabilidade acrescida de fazer com que as pessoas que usem o Instagram se sintam protegidas».
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Também Karina Newton, responsável pela política de utilização da rede social, assumiu, na mesma comissão de inquérito, as falhas existentes na plataforma uma vez que o conteúdo da sondagem desrespeita as regras de correta utilização do Instagram e que tal, não deveria ter sido permitida a sua publicação.
Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais; Fotos: D.R.