A minha gravidez correu normal… Nada de alarme.
Até que quando estava de sete meses tive de ser internada de urgência com uma crise de rins. Como acho que é comum, foram muitos os exames que me fizeram a mim e ao bebé, mas foi aí que a minha vida mudou.
Comecei a ouvir muitos “burburinhos” à minha volta. Elas, as enfermeiras, achavam que eu não ouvia, mas ouvi muita coisa. Diziam que eu já não ia conseguir abortar e ouvia muito a expressão “coitadinha”.
Tentei perceber o porquê! Até que me explicaram que tinham detetado algo no meu bebé e que ele tinha uma deficiência na cabeça. Mas não me sabiam explicar o quê!
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Foi analisado por vários especialistas e apenas um dizia que estava «tudo ok». Que efetivamente havia uma medida alterada, mas que essa situação em nada prejudicaria o bebé e ele nasceria sem qualquer problema.
Como devem calcular, foram meses de angústia e quando apenas um médico diz que está tudo bem e o resto do mundo diz que não está, no que é que vamos pensar? Que o nosso bebé vai nascer deficiente, que será uma vida diferente de tudo o que idealizámos…
Até que, aquando do nascimento, aparentemente estava tudo normal. E à medida que ele foi crescendo, os parâmetros pareciam todos normais e a evolução dele também.
Hoje, o meu menino tem cinco anos e não tem qualquer tipo de problema e eu dou graças a Deus por tudo não ter passado de um grande grande grande susto.
Texto: Anónimo