Saúde

Dia Mundial da Obesidade: 30% das crianças portuguesas têm peso a mais

Redação
publicado há 6 anos
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11 de outubro é o Dia Mundial da Obesidade.

A medição da obesidade abdominal nas crianças devia ser incluída nas consultas médicas de rotina, recomenda um estudo publicado na Acta Médica Portuguesa.

«A prevalência da obesidade, incluindo abdominal, é elevada nas crianças portuguesas», refere o estudo, embora reconheça que parece ter havido uma estabilização nos últimos anos.

O estudo, que avaliou 793 crianças dos 6 aos 10 anos da zona centro de Portugal, verificou que 8,2 por cento das que tinham peso normal registavam obesidade abdominal. Entre as crianças com excesso de peso, quase 60 por cento apresentava obesidade abdominal.

Dado que várias crianças não obesas apresentam valores elevados de obesidade abdominal, os autores do estudo indicam que a medição da relação cintura/altura deve ser incluída em consultas médicas de rotina, «de modo a permitir uma melhor avaliação do estado da saúde da criança».

Fatores de risco da obesidade

 

Isto porque a obesidade abdominal surge associada a fatores de risco de doenças cardiovasculares e metabólicas e apenas pode ser detetada caso se faça a medição do perímetro abdominal, que não é comum nem rotina nas consultas com crianças.

O artigo da Acta Médica, revista científica da Ordem dos Médicos, aponta para uma prevalência de excesso de peso, incluindo obesidade, de 21,9 por cento das crianças avaliadas.

«A obesidade abdominal em crianças tem aumentado a ritmo alarmante, mas esse indicador não é avaliado em consultas médicas de rotina», indica o estudo, publicado na Acta Médica de março.

Dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indicam que a prevalência de excesso de peso e de obesidade infantil diminuíram entre 2008 e 2016. Ainda assim, os dados nacionais apontam para cerca de 30 por cento de crianças com peso a mais.

 

RANKING DE EXCESSO DE PESO/OBESIDADE NOS VÁRIOS DISTRITOS DE PORTUGAL

 

Um estudo realizado pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (ISAMB/FMUL) resultam da análise de uma amostra de 12.764 alunos de todos os distritos de Portugal que participaram no projeto ‘Heróis da Fruta’ no ano letivo 2017-2018, revela a APCOI em comunicado.

As crianças de Viana do Castelo foram as que apresentaram a maior percentagem de excesso de peso com 41,1 por cento / obesidade infantil com 30,8 por cento;

Região Autónoma dos Açores com 37,7 por cento;

Braga com 37,3 por cento;

Região Autónoma da Madeira (obesidade = 20 por cento) e Vila Real com 37 por cento (Vila Real é o distrito com a segunda maior percentagem de crianças obesas = 20,3 por cento);

Viseu com 36,7 por cento;

Aveiro com 36,2 por cento;

Castelo Branco com 35,3 por cento (percentagem de crianças obesas=18,1 por cento);

Bragança com 33,5 por cento;

Leiria com 33 por cento;

Porto com 32,3 por cento;

Santarém com 31,7 por cento;

Setúbal com 31,1 por cento;

Lisboa com 28,3 por cento;

Coimbra e Portalegre com 27,9 por cento;

Évora e Guarda com 27,5 por cento, (percentagem de crianças obesas na Guarda = 15,6 por cento);

Faro com 26,2 por cento;

Beja com 19 por cento.

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Texto: Lusa e SIC Notícias

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