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Sugestão… à conversa com o meu filho

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publicado há 6 anos
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Agosto… para muitos esta palavra está associada à palavra pausa (para outros as férias já foram ou ainda virão) mas é sempre um mês com outro ritmo.

Mais tempo. Café na esplanada. Praia. Campo. Bicicleta. Gelados.

Tempo. Tempo passado no exterior.

Tempo… um dos maiores problemas que temos… aproveitar o tempo.

Mas não temos de querer proporcionar-lhes tudo, porque não é possível e às vezes nas coisas simples podemos encontrar mais sentido para as nossas vidas.

Hoje partilho convosco uma dica para conversarmos com o nosso filho e que nos pode dar ideia do que se passa no coração dele que às vezes o nosso, de tão atribulado, nem repara.

Num momento de mais calma, em que o miúdo esteja verdadeiramente atento ao que dizemos, sem distratores mais fortes do que as nossas conversas, lance-lhe uma simples pergunta: «Consegues partilhar (três) situações em que os pais fiquem muito felizes contigo?»

Adaptando à idade da criança, naturalmente, mas faça esta experiência.

Deixe que vos diga o que, na visão dele, são os comportamentos, atitudes ou momentos em que ele vos deixam verdadeiramente felizes.  É importante que eles pensem. Que encontrem no coração deles estes momentos. E que vos expliquem as situações às quais se referem.

Conversem sobre isso.

Se vos diz, por exemplo:

«Gostam que me porte bem», tentem que explique melhor, o que é portar bem para ele. E para os pais? Em que situações ficam mesmo felizes os pais (quando se portam bem onde? com outras pessoas? com amigos? nos avós?…).

«Gostam que me porte bem na escola, que tenha boas notas a matemática?» E há crianças que não saem do circulo da escola quando respondem a esta questão. Porquê? Que importância estamos nós, pais, a dar a estas situações, à parte académica?

«Gostam que não acorde o mano bebé quando ele está a dormir.» Porquê? Lancem-lhe questões que o façam raciocinar: O que pode acontecer se o mano acordar sem dormir tudo? E aos pais, se ele estiver aborrecido?

Se vos parecem, de facto, situações importantes, falem e deixem que tenha uma atitude crítica. Que ouça e mostre o seu ponto de vista. Expliquem-lhe por que é importante para vocês essa situação e por que é que ficam mesmo felizes com ele.

Conversar é uma forma de desenvolver o espírito crítico… uma das seis competências identificadas pela Gulbenkian como fundamentais para os adultos do futuro.

Segundo esse estudo da Gulbenkian será a resiliência, o espírito crítico, a criatividade, serem bons a comunicar, saberem auto controlar-se e saberem resolver problemas complexos que farão a diferença nos nossos filhos quando estes foram adultos.

Alguma destas não é importante e desenvolvida na matemática?

Se isto vai fazer falta na matemática? Vai! Nem imagina quanto!

 

Texto: Inês Cruz, autora do blogue Inês Ferreira Cruz

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