Quando engravidamos estamos longe de pensar que aquela família perfeita que estamos a construir vai desmoronar-se. Eu achava que era amor eterno. Mas essa treta não existe (pelo menos até há pouco tempo era o que eu achava). Muita coisa muda quando um filho nasce. E quando há falta de paciência e pouco descanso… começam as discussões de casal.
Separei-me quando o meu pequenino tinha seis anos, pouco antes de entrar na escolinha. Mas na verdade, já estava separada há muito tempo. As coisas não resultaram e não vale a pena voltar a recordar tudo isso.
Escrevo sobre o problema que não consigo resolver. Estive mais de dois anos sem ninguém. Não conseguia ter outra relação. Precisava de paz. Fez-me bem, mas eu também necessito de carinho, de atenção, de amor de um homem que me saiba amar. Felizmente encontrei alguém que me faz bem, feliz. Mas o meu filho não aceita esta relação.
Já fez oito anos e não aceita que a mãe tenha um namorado. Nem sequer se mostra interessado em conhecê-lo. O pai não tem ninguém. Pelo menos que se saiba. Por isso eu sou a má, aquela que já não gosta do pai e que devia ficar sozinha.
Caramba, separei-me há mais de dois anos! Não era tempo suficiente para ele perceber que os pais não gostam um do outro e não vão voltar? Já foi tão difícil ultrapassar o divórcio e seguir em frente… agora ter o meu próprio filho contra mim? Não mereço e não sei o que fazer. Talvez levá-lo a um psicólogo, não sei…
Está numa idade difícil… e eu não sei como lidar com esta situação, não é bom para ninguém.
Espero que seja só uma fase e tudo mude… Quero ser feliz e quero que o meu atual companheiro se sinta bem connosco. Há tantos homens que não aceitam mulheres com filhos! Este aceita, este quer amar o pacote todo!!! Eu e o meu filho… é como se fosse um pacote!
Escrevo também para partilhar com outras mães que sintam o mesmo ou que já tenham passado pelo mesmo e me ajudem de alguma forma…
Texto: Teresa Tavares
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