Saúde

Henrique tem paralisia cerebral e precisa de ajuda para realizar um tratamento inovador

Andreia Costinha de Miranda
publicado há 5 anos
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Henrique tem quatro anos e uma história de vida que não deixa ninguém indiferente.

Ainda na barriga da mãe, este pequeno guerreiro não teve qualquer complicação. Tudo decorreu dentro da normalidade, não havendo nenhuma alteração genética nem cromossómica durante a gestação.

Mas na altura do nascimento, a 8 de dezembro de 2014, a vida desta família mudou. O que seria, alegadamente, um parto normal, foi, na verdade, o início de uma vida nunca antes imaginada, tal como nos conta José Monteiro, um grande amigo desta família.

«O que aconteceu com o Henrique foi que a mãe tomou um antibiótico durante o parto. Mas nesse momento, aconteceu algo que toda a gente desconhecia e que se veio a provar mais tarde: o facto da mãe ter alergia a um medicamento, fez com que ela tivesse um chamado choque anafilático (alergia grave) e em consequência entrou em paragem cardio-respiratória. Foi essa privação de oxigénio por parte do Henrique que o conduziu ao estado em que ele está hoje». 

Isto, em poucas palavras, significa que o Henrique tem 96 por cento de incapacidade…

«O Henrique tem quatro anos e nunca disse uma única palavra»

Depois do que aconteceu à mãe aquando do parto, na Clínica de Santo António, na Reboleira, «o menino foi reanimado e transportado de emergência para a Maternidade Alfredo da Costa, na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, em Lisboa, onde lhe baixaram a temperatura corporal para tentar minimizar ao máximo o impacto dessas lesões. Esteve assim três dias», explica José.

«Pairava sobre nós uma sombra de um futuro muito incerto. Até que chegou o dia em que percebemos que esse futuro iria ser muito diferente do que teríamos idealizado, do que teríamos gostado e que agora tanto mas tanto desejávamos. Recebemos o resultado da Ressonância Magnética e o pior dos nossos pesadelos torna-se real… O Henrique sofreu lesões cerebrais graves e irreversíveis. Ouvimos pela primeira vez o pesado diagnóstico de Paralisia cerebral. Clinicamente estável o Henrique tem alta no dia 24 de dezembro e começa nesse dia a nossa luta. Com pouco mais de um mês o Henrique ingressa no Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian e desde muito cedo recebeu terapias adequadas à sua idade e à sua condição», conta a mãe, Vera Casteleiro, num texto emocionado.

«O Henrique tem 96 por centro de incapacidade. Ele ao longo de quatro anos nunca disse uma única palavra e não consegue controlar grande parte do corpo. Fez alguns tratamentos que lhe permitem, agora, suster o pescoço. Uns deram bom resultado, outros nem por isso. Um dos que fez, permitiu-lhe fixar melhor o pescoço. Mas é uma criança que não faz rigorosamente nada. Ele capta tudo o que está à volta. E quando se canta os parabéns, há ali qualquer coisa que ele capta à volta. Fica muito alegre e sorri muito», revela este amigo da família.

Desta forma, Henrique está completamente dependente dos pais. Pais esses que têm, obviamente, esperança de que o filho possa melhorar, de alguma forma, a qualidade de vida.

«Temos persistido fortemente em poder dar-lhe todas as condições para que ele tenha a melhor qualidade de vida possível. Desde fisioterapia, Terapia ocupacional, terapia da fala, psicomoticidade, hidroterapia… equipamentos que ajudem e facilitem o seu posicionamento. Tudo tem sido feito para que o Henrique possa ter ganhos na sua autonomia. Com uma incapacidade de 96 por cento não podemos, não queremos vacilar. É neste sentido de missão que encontrámos a Beike Corporation (https://stemcelltreatmentnow.com/). Encontrámos uma esperança. A esperança de que a vida do Henrique pode ser melhor», continua Vera.

Os custos totais chegam a perto dos 60 mil euros

O tratamento a que Henrique pode ser submetido, na Tailândia, «poderá significar uma vida francamente melhor, mais feliz» a esta criança de quatro anos.

«Trata-se de um “tratamento” com células tronco em que, de forma muito resumida, pretende que estas células possam criar novas células cerebrais “reparando” as lesões existentes. Temos relatos reais de meninos que fizeram este tratamento e que tiveram melhorias, uns menos, outros mais, outros melhorias surpreendentes. E é este tratamento que gostaríamos de poder fazer ao Henrique», realça a mãe.

Este tratamento em vista poderá levar o pequeno Henrique a adquirir a capacidade de falar e mover-se, que com naturais limitações ou, se assim não for, conduzir a que, pelo menos, consiga reduzir o número de vezes que passa por crises de epilepsia ou convulsões, que o debilitam cada vez mais, que lhe reduzem a esperança de vida e o conduzem tantas vezes ao internamento prolongado em hospitais.

Os custos totais são de, aproximadamente, 60 mil euros, os quais os pais não têm qualquer capacidade de suportar. Por isso mesmo, foi criada a página de Facebook SOS Henrique, onde Vera vai atualizando os dados sobre a angariação de fundos para esta causa e onde se dão a conhecer os eventos que são realizados, na esperança de se angariar dinheiro para o tratamento de Henrique.

Esta campanha dura há três meses e já foram feitos alguns eventos. «Caminhadas, eventos de dança, Revista à Portuguesa… e tem-se espalhado a mensagem de viva voz e apelado ao contributo das pessoas, que tem sido muito bem acedido pelas pessoas», continua José.

Vera diz que desistir não será nunca a solução e garante: «É a esperança que nos move, é o Henrique que nos inspira.»

Próximos eventos para angariar fundos

 

Veja, também na nossa galeria, como pode ajudar o Henrique!

NIB – 0023 0000 4555 3625 0989 4
MB WAY – 968 060 756 / 966 172 874

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