Já estou cansada da conversa do «dá beijinho à tia, ao tio, ao primo, ao amigo, ao periquito…». Já cansa! Não tenho paciência para os pais que obrigam os filhos a beijar meio mundo quando as crianças não querem.
Já pensaram no quanto seria difícil e constrangedor para nós, adultos, sermos obrigados a dar beijinhos a quem não queremos? Imaginem terem alguém ao vosso ouvido a dizer: «Vá, dá ali um beijinho à tua colega a quem não achas piada. Vai ali também ao teu chefe que te lixa a vida mas tens de lhe dar uma beijoca…»
Não é que as crianças olhem para os familiares, amigos dos pais ou outras pessoas, dessa maneira, mas… caramba! Que obrigação têm eles de andar sempre a beijar tudo e todos?
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Dão beijinhos se quiserem. Eu nunca obriguei o meu filho a dar beijinhos a ninguém. Podem não acreditar, mas até já me chateei com a minha sogra por causa disso. Cada vez que chegava algum tio-avô, algum primo, fosse quem fosse, que ela queria que a criança desse beijos a toda a gente e o menino não queria.
«Ai que mal educado! Isso não se faz…» Foram vezes sem conta! Até que me “passei da cabeça”. Perguntei por que razão o meu filho era mal educado. Se o facto de estar a obrigar uma criança a beijar alguém, se seria algo correto ou também não roçaria a má educação. Se ele não quer beijar ninguém, não beija. Simples! Ela não gostou. Mas é o que penso.
Lamento, mas o meu filho beija quem quiser e eu jamais o obrigarei a andar aos beijinhos a torto e a direito.
Quem concordar, muito bem, e para quem não concorda, aqui a mãe envia um beijinho… mas no ombro.
Texto: Anónimo