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Eis o truque ideal para os pais aprenderem a gerir os presentes dos miúdos este Natal

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publicado há 4 anos
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Para a psicóloga clínica Leandra Cordeiro, «menos é mais». Por isso mesmo revelou ao site Crescer a dica ideal para que os miúdos prestem mais atenção aos presentes recebidos este Natal.

Leia o seu texto:

Numa altura em que se apela a que sejamos todos pequeninos e que os brinquedos nas prateleiras e debaixo das árvores ativam memórias de infância, vale a pena pensar como brincamos, com que brincamos e há quanto tempo deixamos de brincar.

Brincar é muito mais do que diversão, não podendo ficar confinado ao ato de jogar à bola ou fazer uma corrida de carrinhos. É assumido em inúmeros estudos científicos que é algo integrante de uma herança ancestral que espera ser incorporada desde a infância, mas que não se demarca apenas a esta etapa da vida. Ninguém nos ensina a brincar e talvez resida aqui a espetacularidade de tudo.

Há um cientista norte-americano que defendeu na sua tese de doutoramento que os melhores brinquedos para uma criança seriam uma corda, um pau e uma bola. A partir deles podíamos libertar a imaginação e com criatividade desenvolver competências essenciais.

Sozinho e com o outro.

A premissa essencial do brincar (e que facilmente nos esquecemos) é que a criança não brinca para aprender; a criança aprende ao brincar. A partir daqui talvez caia por terra muitos materiais psicopedagógicos apresentados como brinquedos ou a estruturação do brincar com regra. Hoje, o apelo das tecnologias, substitui muitas vezes a criação dos próprios materiais que devia fazer parte do próprio ato de brincar.

Para além disso, não podemos deixar de cruzar tudo isto com os tempos de atenção e concentração. Aqui a regra fundamental é: menos é mais. Num quarto com muitos brinquedos, a criança mais facilmente dispersa a atenção e não chega a brincar com nenhum. Os brinquedos devem estar bem cuidados (cuidamos pior de brinquedos que se atiram para um balde cheio de brinquedos do que de aqueles que queremos estimar e guardamos na prateleira). Talvez por isso, cheguem alguns. E cabe-nos a nós, adultos, fazer essa gestão.

Qual é o truque, afinal?

Esconder brinquedos. Não dar todos de uma vez só. Ir dando quando fizer mais sentido. Brincar com ela. Construir com ela. Ir para o tapete com ela.

Bom Natal! Boas Memórias. E boas brincadeiras!

Texto: Leandra Cordeiro
Docente na Escola Superior de Educação de Viseu
Psicóloga Clínica: exerce Clínica Privada no Centro Pediátrico e Juvenil de Coimbra e na CLIVIDA, Viseu
Colaboradora do Instituto Superior Miguel Torga (membro do Núcleo João dos Santos)
E-mail: [email protected]

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