Tenho 39 anos e o meu filho tem 13. Sempre tive a sorte de ter uma criança educada, meiga e muito ligada à família. Sempre assim foi. Ansiava por estar com os tios, com os padrinhos e com os nossos amigos.
Sabia que um dia isso iria mudar. Já o tinha sentido com o meu irmão e tinha consciência que, com o meu filho, eu e os que me rodeiam iam sentir na pele um afastamento.
Se com o meu irmão isso tinha acontecido por volta dos 18 anos, com o meu filho, começou aos 12.
As pessoas que para ele eram tudo, passaram a ser uma seca. É compreensível porque entrou na adolescência, claro. Mas ele só quer saber dos amigos e… das «miúdas».
A tia, que era tudo na vida dele e que dizia que era a sua melhor amiga, foi apagada das redes sociais e não recebe respostas às mensagens que lhe manda.
O meu filho não é o mesmo. E eu sei que me vão dizer que é fruto da adolescência, mas custa. Custa muito.
Todos à nossa volta notam a diferença nele e, por mais que o chame a atenção, não quer saber.
Tenho saudades do meu filho…. muitas!
Texto: Sofia R.