Saúde

Cancro da mama antes dos 40: Especialista revela receios e desafios

Redação
publicado há 4 anos
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É possivelmente o diagnóstico oncológico que mais preocupa o sexo feminino em qualquer idade. Sendo mais frequente após os 50-60 anos, nos últimos 10-15 anos tem tido expressão também em idades mais jovens (30-40 anos), uma situação que anteriormente era rara.

«O diagnóstico de cancro da mama em mulheres jovens, entre os 35 e 45 anos, é uma realidade crescente e torna-se particularmente exigente pelo peso que tendemos a colocar no futuro: da vida conjugal, dos planos de maternidade e dos projetos profissionais», começa por referir Ida Negreiros, coordenadora da Unidade da Mama da CUF Lisboa.

Para a oncologista, «a percentagem de novos casos de cancro da mama antes dos 40 anos é de cerca de 10 por cento. A razão deste aumento não está totalmente esclarecida. Dependerá de fatores com maior alerta para o diagnóstico, mas também de aspectos do estilo de vida (gravidez tardia, exposição hormonal, tratamentos de fertilidade, hábitos alimentares, vida sedentária…). Se, há uns anos, era muito raro ter mulheres com este tumor com menos de 50 anos, e com 35 ainda mais, agora já não é».

Atenção, mulheres!

Na opinião da Dra. Ida, a falta de um rastreio nesta idade «pode fazer com que o diagnóstico seja efetuado numa fase mais avançada da doença e isso, na verdade, é um obstáculo à cura. Deste modo, as mulheres devem estar sensibilizadas para a possibilidade de ter cancro nesta idade, bem como estarem alertas aos sinais para todas as doentes com este tipo de tumor, e que são válidos para todas as idades».

Mas se os impactos da doença são sempre «terríveis em qualquer idade, sobretudo perante a possibilidade do recurso a uma mastectomia», é um facto que as mulheres encaram isso de forma diferente, de acordo com a fase da vida em que se encontram.

Segundo Ida Negreiros, compatibilizar o tratamento de um cancro da mama com a carreira profissional ou 49 familiar «é uma questão que se coloca a muitas destas mulheres e aos profissionais que as tratam».

Por isso, salienta: «Temos mulheres a ter filhos cada vez mais tarde e o cancro a aparecer cada vez mais cedo ou a surgir em mulheres que ainda não tiveram filhos, e isso é também um fator a acrescer de preocupação. O impacto é igualmente significativo nestas idades, pelo facto destas mulheres serem igualmente cuidadoras dos pais e agora encontrarem-se doentes numa fase da vida em que era suposto terem saúde.»

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