«Ser avô é ser pai duas vezes». Ouvia esta frase muitas vezes. Para mim, seria apenas mais um cliché, mas desde que fui mãe percebi que, efetivamente, os pais mudam quando são avós.
Amam os filhos incondicionalmente, mas quando nascem os netos, multiplicam esse amor. Aquele amor que não cabe no peito, que transborda, que cresce a cada dia que passa.
Sempre fui ‘menina do papá’, mas nunca imaginei que iria chegar a casa e ver o meu pai deitado no chão, a fazer sons estranhos, a fingir que é um animal, só para alegrar o meu filho.
Sempre respeitei o arregalar de olhos do meu pai e nunca pensei que deixasse de o fazer quando vê alguém a fazer algo ‘de mal’. É isso que faz com o meu filho. Repreende-o, mas nunca da forma que me repreendia a mim. Há um tom mais doce, mais ‘mole’.
O mesmo acontece com a minha mãe. O meu menino pode fazer tudo. ‘Coitadinho’ do menino, ‘deixa lá o menino’, ‘ele é pequenino’, bla bla bla.
Sim, os avós ‘estragam’ os netos! Mas gosto tanto que o meu filho seja ‘estragado’ pelos meus pais.
Ouvi-lo dizer que quer ir para casa deles, que quer que o vão buscar à escola, que quer dormir na casa deles… nada disso tem preço.
Agradeço todos os dias poder tê-los na minha vida. Poder vê-los voltar a ser crianças quando estão ao lado do meu filho, quando brincam com ele, quando ficam simplesmente a apreciá-lo.
Isto é amor! E não faz mal haver amor em demasia, por que o amor nunca é demais dar… e receber!
Feliz Dia dos Avós!
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