Saúde

Sinovite transitória da anca: A doença de que muitos pais nunca ouviram falar!

Andreia Costinha de Miranda
publicado há 6 anos
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A sinovite pode ocorrer devido a vários fatores que provocam uma inflamação da membrana sinovial e aumentam a quantidade de líquido sinovial, como traumas agudos, uso excessivo ou repetitivo da articulação, infeção ou reacção metabólica.

Nas crianças, é muito comum ocorrer a sinovite transitória da anca (STA) que é a inflamação e inchaço dos tecidos ao redor da articulação da anca. Geralmente é unilateral.

Os sintomas podem ser vários, mas a dor na anca e a dificuldade em andar são os mais comuns. A criança começa a coxear e, muitas delas, acabam mesmo por não conseguir caminhar. Joana paixão Brás, do blogue A Mãe é Que Sabe passou por momentos complicados com a sua filha mais nova. «A Luísa anda a coxear. A sentar-se mais do que o habitual. A pedir mais colo. A Luísa não chora, não se queixa de dor, não aponta para nenhum sítio em especial. A Luísa não esteve doente recentemente. Nem deu nenhuma queda grande recentemente, que déssemos conta. A radiografia à bacia, que fez ontem, não deu nenhum sinal de alarme. O pé esquerdo, que põe mais para dentro, e a perna, na qual parece ter menos força e por isso não a apoia totalmente, deram-nos sinal de alarme», começou por contar na sua plataforma, em fevereiro deste ano.

Finalmente, o diagnóstico

O desespero tomou conta desta mãe que, várias consultas – e semanas – depois, continuava sem saber do diagnóstico da sua menina. As dúvidas eram cada vez mais e o medo crescia de dia para dia. A ‘inimiga’ Internet fazia com que a ansiedade aumentasse, até que, as notícias chegaram. «Fomos a dois ortopedistas pediátricos de referência, no privado, fez raioX e nada. Podiam ser várias coisas. Pediram-nos que esperássemos. Um dos médicos deu-nos o telefone, caso piorasse. Piorou. Passou de coxear para não ter sequer força na perna (parecia ter choques elétricos – sabem quando alguém vem por trás e dá com o joelho por trás do nosso?). Ligaram da creche muito preocupados ‘hoje não aguenta de pé’. Frase que me cortou o coração. Resolvemos ir às urgências, mais vale a mais do que menos. Precisava de um nome. Saber o que era. Descartar coisas piores. É legítimo. Pediatra. RaioX. Ortopedista. Ecografia. Ortopedista. Três horas e tal depois, estávamos a caminho de casa com um nome: sinovite transitória da anca. E com esse nome, um alívio tremendo», desabafou, na altura, no blogue.

Outro caso de sinovite

Alexandre tinha quatro anos quando começou a demonstrar sinais de preocupação. «Do nada começou a coxear. Estava a brincar com os amigos e não conseguia correr. Dizia que lhe doía a zona da anca», explica a mãe, Sara Mariano. Se ao início pensou que tivesse dado um mau jeito ou batido em algum lado, passados um dias percebeu que não podia ser ‘apenas’ isso. «Fazia-lhe massagens, punha gelo e nada… até que ele deixou de andar e levei-o de imediato para o hospital», conta a progenitora.

Foi no Hospital Amadora-Sintra que foi diagnosticado. «Depois de análises, de raioX, de ressonância e de alguns dias de internamento, acabaram por descobrir que o Alexandre tinha sinovite transitória da anca. Nunca tinha ouvido falar. Tudo o que pesquisava na Internet ia dar a doenças muito mais graves e confesso que fiquei desesperada ao ler determinadas coisas», desabafa.

Não se sabem ao certo as causas para o aparecimento da Sinovite Transitória da Anca, mas a cura passa por tomar anti-inflamatório e repouso durante alguns dias.

É sempre fundamental conversar com o pediatra, que o encaminhará para a especialidade correta.

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