Fui mãe pela primeira vez há 11 anos. A minha filha sempre foi tranquila e nunca me deu grandes problemas. Nunca foi de birras e confesso que nunca achei que num segundo filho pudesse ser tudo tão diferente.
O meu filho tem cinco anos e é o oposto da mais velha. Faz birras desde sempre. Porque sim, porque não, porque lhe apetece, porque não lhe apetece, porque simplesmente é do feitio dele.
Não é mimo a mais, não! É, pura e simplesmente a forma de ser dele. É o menino mais meiguinho do Mundo, mas também o mais reguila, manhoso e birrento.
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No outro dia disse-me algo que nunca tinha dito e que me partiu o coração. Fiquei destruída por dentro. Depois de o pôr de castigo porque se portou mal no banho, e de estar a chorar como se não houvesse amanhã, disse-me com um olhar cheio de raiva e com uma voz revoltada: «Não gosto de ti! És feia e não quero estar contigo!»
Naquele instante fiquei sem reação. Deixei-o no quarto sozinho e fui chorar para a casa de banho. O meu filho disse-me que não gostava de mim e que não queria estar comigo. O que isso significa para o coração de uma mãe? Uma dor imensa!
Ao perceber que me deixou em baixo, veio ter comigo e pediu-me desculpa. Não consegui reagir. Só algum tempo depois é que fui ter com ele e conversámos.
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Disse-lhe que não havia ninguém que o amasse mais do que a mãe, o pai e a mana e que ele não podia dizer aquele tipo de coisas.
Um menino que passa o tempo a dizer que me ama, de um momento para o outro dizer aquela frase, foi como se me tivesse dado uma “facada no coração”.
Mas enfim… foi “apenas” um episódio menos positivo. E como tanta gente me diz… “São fases” e… “faz parte”. Que assim seja…