Recém-nascido

Conforto e segurança são a prioridade em sessões de recém-nascido

Filipa Rosa
publicado há 5 anos
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Olga Moura Alves, do projeto Tribo Fotografia, nunca pensou que se sentiria tão realizada, a nível pessoal e profissional, a fotografar bebés. Mas quando olha para trás percebe que não podia ter feito melhor decisão.

«São 08:30 e a preparação do estúdio começa agora! Vamos receber às 10 horas a primeira família da semana. É a primeira filha do casal e, por isso, sei que existe muita ansiedade e expectativa por parte dos pais, o bebé tem nove dias, uma menina que nasceu de 39 semanas e com 3,100 quilos de parto normal.»

É com esta introdução que a fotógrafa de sessões newborn, e não só, relata ao site Crescer como começa a aventura de fotografar um bebé com apenas alguns dias de vida. «Os pais escolheram as suas duas cores preferidas, presentes também na decoração do quarto da Carminho. A minha primeira tarefa é ligar o aquecimento, pois este é um dos principais fatores para ter uma sessão de recém-nascido de sucesso. Depois disto, vem todo um mundo de experiência e carinho.»

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Foi em 2011 que Olga comprou a sua primeira máquina fotográfica para fotografar a própria filha. «Se naquela altura me tivessem dito que a fotografia seria a minha profissão, eu não ia acreditar. Mas a verdade é que tem sido um caminho muito feliz, neste mundo de memórias», refere aquela que sempre sonhou em construir o seu próprio negócio.

As sessões de recém-nascido são feitas até aos 15 dias do bebé porquê?

São muitos os clientes que questionam Olga Moura Alves sobre o tempo de vida que o bebé deve ter para realizar este tipo de sessões. «Muitas vezes, por total desconhecimento, os pais deixam passar a melhor altura para estas sessões. Os 15 dias são para mim a barreira que define uma sessão fácil de uma sessão cujo o inesperado pode acontecer! Nada é uma ciência exata, mas a experiência diz que um bebe antes dos 15 dias tem uma maior probabilidade de colaborar melhor na sessão, permitindo a elaboração de poses de forma mais fluída», esclarece.

Uma sessão de recém-nascido dura em média cerca de três horas dependendo do bebé. Colo, carinho e alimentação não são esquecidos.

Mas porquê os 15 dias? A fotógrafa explica:

Pelo sono profundo: Nesta fase o sono do bebé é quase imperturbável, é profundo e normalmente só é interrompido pela fome, ou alguma cólica. A partir desta altura, o bebé começa a tornar-se mais curioso e os ciclos de sono começam a mudar, sendo mais leves e mais curtos!

Pela flexibilidade: Nesta fase do bebé, o seu tónus muscular ainda está muito flexível, permitindo quase dobrar o bebé ao meio sem que ele se incomode, aliás pelo contrário, é assim que se sentem bem, uma vez que remete muitas vezes à posição fetal, com o passar dos dias, esta flexibilidade vai se perdendo e o bebé
deixa de se sentir confortável tão dobrado e, aliado ao tal sono mais sensível, certas posições deixariam de ser seguras para o bebé, podendo inclusive provocar alguma lesão, sem necessidade!

Pela ausência de cólicas: Até aos 15 dias, as cólicas do bebé, ainda estão suaves ou até mesmo ausentes, existe ainda uma adaptação do intestino à nova alimentação, a partir daí a própria imaturidade do organismo começa a dar sinal, e as não desejadas cólicas, começam a surgir.

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Conforto e segurança são a prioridade

Para Olga Moura Alves, a prioridade em fotografar bebes até aos 10 ou 12 dias de vida é, sem dúvida, o conforto e a segurança da criança e dos próprios pais. «Eu quero que o meu cliente tenha uma experiência positiva e feliz. Quero que os meus bebés estejam sempre no seu sono tranquilo, enquanto eu faço o que melhor sei fazer, guardar estas imagens deliciosas deles», conta-nos. «São precisos anos de formação para sabermos colocar o bebé nas posições de forma segura e confortável. Além de fotografar e perceber da técnica, temos também que conhecer intimamente o bebé, ler os sinais que nos vão dando de desconforto e os seus limites!»

O aquecimento:

É um dos aspetos mais importantes para uma sessão de sucesso. «Muitos pais, quando peço para despir o bebé, argumentam que este não gosta de estar despido e que chora sempre que o fazem, mas no estúdio o comportamento é diferente, porque procuro sempre ter um ambiente que simule o útero no que toca a temperatura. É o primeiro passo para um bebé super relaxado e dorminhoco!»

Os adereços:

Caixas, baldes, caminhas em miniatura, laçarotes e fitinhas… Existe um mundo de adereços a usar nestas sessões, mas Olga deixa um alerta. «Nem tudo o pode aguentar um bebé é seguro e este é um ponto super importante! Os adereços, não podem nunca ter arestas, ser demasiado leve ou apertado, ou de materiais que sejam prejudiciais aos bebés. Nunca coloque o seu bebé por sua autoria dentro de um destes adereços, sem recorrer a um profissional formado para estas sessões!»

Segundo a fotógrafa, muitas vezes são usadas almofadas específicas que promovem o conforto do bebé, assim como pesos que evitam que o adereço caia com o peso do bebé.

Todos os tecidos, roupas e mantas devem ser confortáveis e macios e higienizados. «Só assim temos um bebé feliz e relaxado. Existem marcas nacionais e internacionais que se dedicam à confeção e construção de adereços para as sessões de recém-nascido. São produtos estudados e feitos das dimensões corretas para estas sessões. No meu estúdio, temos todos estes adereços ao dispor do cliente, e por isso os pais não precisam de se preocupar com nada», avança.

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A segurança:

Manter o bebé em segurança é fundamental para Olga Moura Alves. «Quando falamos em segurança, não me refiro só aos adereços, mas em toda a sessão em si. A mais simples das poses requer conhecimento da fisionomia do bebé, saber até onde podemos ir e saber principalmente respeitar os limites de cada um. Existem inclusive poses que são feitas montagens de várias imagens, para que tudo seja feita de forma segura e para que os pais tenham uma recordação feliz do seu filho.»

Como escolher o fotógrafo ideal e que investimento terei que fazer?

Para Olga Moura Alves, é tão importante escolher um fotógrafo como um pediatra ou o colégio para os nossos filhos. «Temos que sentir confiança e empatia por quem vai pegar no nosso filho. O fotógrafo terá a maravilhosa tarefa de registar imagens do vosso filho que ficarão para sempre e cujo o tempo não volta atrás. Procure alguém que tenha formação na área e não tenha vergonha de perguntar se o profissional tem efetivamente formação, porque infelizmente nem todos têm. Pprocure alguém que coloque a segurança do seu bebé em primeiro lugar e que reúna todas as condições para a receber a si e à sua família de forma cómoda», alerta.

«Aos meus clientes, prometo sempre que a sessão será feita ao ritmo do bebé e terei sempre em conta o seu bem-estar. Esta é uma premissa enquanto fotógrafa e mãe. Mas a verdade é que nestas sessões não somos só fotógrafas. Vejo-me, muitas vezes, no papel de conselheira de amamentação, psicóloga e amiga, e se há coisa que me enche o coração é ver os meus bebés crescerem e continuar a manter o contacto com as famílias. Tenho criado ao meu redor, uma autêntica Tribo de famílias maravilhosas, que me permitem acompanhar momentos felizes e que voltam quando a família cresce, e isso é, sem dúvida, uma das maiores bênçãos na minha vida…»

Informações úteis:

Facebook Tribo Fotografia – Olga Moura Alves

Instagram Tribo Fotografia – Olga Moura Alves

Site oficial: www.tribofotografia.pt

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