Fui mãe cedo. Aos 22 anos. Foi o melhor “acidente de percurso” que me poderia ter acontecido. Já namorava com o pai da minha filha há uns anos e, imaginem, só… continuamos juntos.
Foi o meu primeiro amor… e tenho a certeza que será o último!
Tal como eu, a minha filha foi mãe cedo, tornando-me avó mais precocemente do que eu imaginava. Aos 45 anos já era uma avó super babada pelo meu pequeno grande amor.
E este era um sentimento no qual nunca tinha pensado. Que não imaginava que podia ser desta forma. Que me fez reconsiderar a palavra “amor”.
Sempre achei que ser avó era ser mãe a dobrar. E não era errado! Até porque o que sinto pelo meu neto, acho que é o reflexo desse ditado.
O amor pela minha filha era maior que o Mundo, mas o amor pelo meu neto é também algo sem explicação.
Serão amores diferentes? É que às vezes acho que gosto mais do meu neto do que da minha filha, mesmo que a ame acima de tudo na vida.
Existem avós que sintam a mesma dúvida que eu?
Texto: A.C.