Gravidez

Gravidez sem ferro: Risco de anemia

Redação
publicado há 6 anos
0
Share on FacebookTweet about this on TwitterShare on LinkedIn

Uma gravidez saudável começa com a adoção de hábitos de vida saudáveis no período preconcecional. As carências nutricionais na mulher vão sendo cada vez mais acentuadas com o decorrer da gravidez, até ao ponto em que poderão ser prejudiciais para si ou para o bebé. Torna-se, assim, imprescindível manter o equilíbrio nutricional durante todo o processo, pré e pós parto.

O ferro é um macronutriente importante, tendo como principal função a formação de hemoglobina no sangue, responsável por irrigar os tecidos com o oxigénio necessário ao seu normal funcionamento.

Na gravidez existe um maior consumo de ferro por parte do organismo, mobilizado para o desenvolvimento adequado dos novos tecidos que contemplam a placenta e o feto. A grávida torna-se vulnerável a desenvolver uma carência de ferro que, não sendo reposto nas quantidades adequadas, poderá culminar em quadros de anemia gravítica.

Risco de anemia

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o valor de referência de hemoglobina para uma grávida é 11g/dL. Tudo que seja abaixo deste valor é considerado anemia, que ocorre por falta de reposição do ferro.

Os sinais e sintomas variam muito de pessoa para pessoa, dependendo também de fatores como o grau ou a forma como evolui, podendo ser gradual ou rápida. Manifesta-se essencialmente pelo cansaço fácil e diminuição da tolerância para a atividade física. Fadiga, irritabilidade e cefaléias são outros sintomas comuns em grávidas anémicas ou borderline (no limiar entre a carência de ferro acentuada e a anemia diagnosticada).

A prevenção e tratamento do défice de ferro passa por intervenções a nível alimentar, com o aumento na ingestão de alimentos ricos em ferro. Igualmente importante é a suplementação diária de ferro, seja isolado ou associado ao ácido fólico. Estudos recentes provam a importância da sua toma desde o ínicio da gravidez, e em todas as grávidas, não somente nas susceptíveis de desenvolver quadros anêmicos. Estas são recomendações que devem ser seguidas antes, durante e após a gravidez, uma vez que a anemia não tratada acarreta complicações obstétricas, nomeadamente na dinâmica do trabalho de parto, levando a restrições de crescimento no feto e culminando com repercussões a nível cognitivo do bebé, a longo prazo.

Os alimentos que contêm o ferro na sua forma mais biodisponível são a carne e o peixe, sendo aconselhada a sua ingestão em todas as grandes refeições (almoço e jantar). Outros alimentos ricos neste macronutriente são os ovos, lentilhas, legumes de folha verde escura (espinafre, brócolos), entre muitas outras opções. É ainda necessário ter em conta que a absorção do ferro por parte do organismo será tanto maior quanto mais equilibrado for com a ingestão de alimentos ricos em vitamina C.

Em suma, a grávida necessita de adotar uma dieta saudável e equilibrada que lhe garanta a ingestão suficiente não só de ferro como de todos os outros nutrientes, já que são interdependentes na garantia de uma gestação sem complicações.


Texto: Enfermeira Diana Burlacu Mendes

Siga a Crescer no Instagram

Share on FacebookTweet about this on TwitterShare on LinkedIn

Artigos relacionados

Últimas

Botão calendário

Agenda

Consultar agenda