Gravidez

Sexo na gravidez? Sim, mas com precaução!

Filipa Rosa
publicado há 6 anos
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Sabia que a atividade sexual na gravidez é saudável para a mulher e para o casal? Porém, há que evitar em algumas situações. O site Crescer explica-lhe tudo.

«As grávidas podem ter relações com cuidados especiais, sem grandes esforços, e desde que a gravidez esteja a decorrer com normalidade», começa por contar-nos a ginecologista-obstetra Lurdes Banazol. «As posições são indiferentes desde que não provoquem dor… e sem entusiasmo exagerado.»

Pode haver situações em que a grávida tenha de abdicar do prazer de ter relações sexuais. «Não devem ter relações quando existe ameaça de aborto e até passar com segurança esse perigo. Normalmente estas situações acontecem no 1.° trimestre da gravidez. Devem ter muito cuidado quando têm a placenta baixamente inserida ou Prévia (a tapar o orifício interno do colo), é muito perigoso», alerta Lurdes Banazol.

Se existe fuga de líquido amniótico, se já teve abortos espontâneos, filhos prematuros, sangramento vaginal ou se o seu parceiro sofre com alguma doença sexualmente transmissível deve evitar completamente o sexo durante a gestação. Também deverá ser evitado o uso de lubrificantes ou cremes que possam provocar reações alérgicas.

Mais sexo no final da gravidez!

Sabia que ter relações sexuais no final da gravidez ajuda na dilatação e suaviza o colo uterino? Isto, porque o sexo e a ejaculação no canal vaginal promovem a libertação de ocitocina, uma hormona que provoca as contrações uterinas durante o parto e a secreção de leite. «No fim da gravidez podem e devem ter mais relações, pois pode facilitar o início de trabalho de parto (entre as 37 e 40 semanas)», explica Lurdes Banazol.

Saiba quais são as vantagens

Ter relações sexuais durante a gravidez pode fortalecer os laços mais íntimos no casal. Aproveite para namorar muito, porque quando um bebé nascer, o tempo é escasso e a atenção é repartida.

O sexo atua como regulador natural da hipertensão, ajudando a baixar a tensão arterial. É bastante vantajoso também para praticar exercício físico. Combate a insónia, agindo como um calmante natural e um relaxante muscular.

A prática de relações sexuais pode ajudá-la a aumentar a sua auto-estima. Ajuda também a fazer a dilatação e facilita a recuperação depois do parto.

E não se preocupe, porque o bebé está protegido pelo o saco amniótico e os fortes músculos do útero. Há mulheres que evitam ter sexo na gravidez, porque pode maltratar o feto, mas esqueça isso!

Mães recordam as suas experiências sexuais

Há casos de mulheres que sentem um grande aumento de desejo na gravidez, principalmente a partir do segundo trimestre. Porém, nem todas o podem afirmar. A perda de interesse total em ter relações sexuais também acontece.

«Todas as minhas amigas falavam no enorme desejo que sentiam em ter relações sexuais depois de engravidarem. Achei que seria igual comigo, mas não foi. Não tinha qualquer vontade de ter relações, não só porque tive síndrome vertiginoso – e por vezes mal me conseguia mexer porque ficava cheia de tonturas -, mas também porque me metia confusão pensar (quando o bebé já estava maior e quando tinha dado a volta) em ter qualquer tipo de contacto sexual com o meu marido», recorda Susana Silva ao site Crescer. «O médico bem dizia que fazia bem e que até ajudava para acelerar o processo, mas… não! Não aconteceu! Não senti qualquer tipo de desejo fora do normal durante a gravidez! Aliás! Senti pouco desejo em ter relações durante a gravidez!»

Também para Marta Cardoso o sexo na gravidez perdeu o interesse. «Não perdi o interesse no meu marido, mas a meio da gravidez foi muito difícil praticar seja o que for. Parecia que nenhuma posição servia. Mas o pior era mesmo o bebé sempre a mexer-se, como se quisesse comunicar connosco… Era uma paródia! Ríamos imenso e mais para o final não conseguimos mesmo ter relações. Era algo psicológico!», conta.

Ao contrário destas duas mães, Rita Alves recorda sem qualquer pudor a sua experiência sexual durante as duas gravidezes. «Não fazia a mínima ideia que a gravidez alterava a líbido, mas descobri isso quando engravidei. Tanto na primeira, como na segunda gravidez, sentia um desejo sexual fora do comum, um verdadeiro furacão… mas o meu marido tinha receio. Depois dos bebés nascerem, tudo voltou ao normal.»

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