Educação

«Help!!… As crianças já não sabem brincar… ou melhor, não as deixam brincar…»

Redação
publicado há 5 anos
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Tendo em consideração que o Brincar não é só uma necessidade da criança, é sobretudo uma ação inerente ao ser humano e que, nos dias de hoje, na nossa sociedade, a palavra “terapia” é associada à ideia de benefício ou algo que faz bem ao ser humano, falar da terapia do brincar, Brincoterapia, é muito pertinente.

Vivendo numa época pós-modernista, onde os avanços tecnológicos não responderam às carências do ser humano, a visão holística está a ganhar popularidade. Viver em comunhão com a natureza, adotar práticas ancestrais que, desde sempre, constituíram ferramentas essências para a construção de competências humanas, é uma prática que tem cada vez mais seguidores.

Se a visão holística do ser humano é uma tendência atual, por que razão o conceito de Brincar, como algo natural a toda e qualquer criança, parece algo extinto ou em vias de extinção?

Recuperar a verdadeira essência do Brincar só será possível identificados os motivos que contribuíram para o “abandono” de competências básicas para o nosso futuro.

A atração das tecnologias, a falta de tempo das famílias e as incumbências escolares, ocupam o tempo das crianças numa agenda super preenchida que lhes impede de fazer atividades lúdico-pedagógicas, essenciais ao desenvolvimento de competências fundamentais ao ser humano.

Ao não permitir tempo e espaço para as crianças brincarem, estamos a limitar as suas potencialidades, a reprimir as suas habilidades sociais, afetivas, cognitivas e físico-motoras e a restringir a sua capacidade de imaginação.

A importância do brincar

Se a criança não brincar, os jovens terão lacunas a nível das suas competências, tendo dificuldade em interagir socialmente e os seus valores estarão seriamente comprometidos.

Tendo em consideração que o Brincar não é só uma necessidade da criança, é sobretudo uma ação inerente ao ser humano e que, nos dias de hoje, na nossa sociedade, a palavra “terapia” é associada à ideia de benefício ou algo que faz bem ao ser humano, falar da terapia do brincar, Brincoterapia, é muito pertinente.

Não se pode confundir as atividades programadas pelos adultos, que, muitas vezes, apenas contemplam a sua visão ideológica e não se enquadram no perfil das crianças, com a Brincoterapia. Não podemos cair no equívoco de programar atividades de adultos para serem praticadas por crianças.

O que é a Brincoterapia?

A Brincoterapia é, proporcionar recursos e estímulos às crianças, para que, com a sua motivação intrínseca, possam ganhar competências essenciais, através de atividades exploratórias, imitando ações quotidianas, que permitem uma conexão ao pensamento e uma aquisição natural de valores.

Assim, as atividades lúdicas que a criança realiza ao Brincar são a melhor terapia para o seu crescimento, tornando-a uma criança estável e feliz.

Todavia, brincar constitui não só uma terapia para as crianças, mas também é uma terapêutica eficaz para os adultos, no sentido em que estimula a criatividade e a imaginação, desenvolve competências pessoais e sociais, tornando as pessoas mais equilibradas.

Independente da idade, não podemos deixar que o Brincar se extinga…Brincar faz parte da cultura do ser humano…Brincar torna-nos mais felizes!

 

Texto: Bruno Trindade – Phd Student Doutoramento ([email protected]) e Ricardo Pocinho – Prof. Investigador ([email protected])

 

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