Brincar com a areia deixa alguns adultos de cabelo em pé! Ok, temos de concordar: areia suja, dá comichão, irrita… Quando os mais pequenos querem experimentá-la comendo… desesperamos!!! Areia no olho, atirada por alguém, é tarefa que exige calma e habilidade… Ah! E quem nunca teve as neuroses com contaminação, que causam micoses e viroses?
Esse é o lado chato de brincar com a areia! Superando esse lado, os benefícios são MUITO maiores do que os inconvenientes.
Assim que os pequenos conseguem sentar com autonomia, podem – e devem – ter contacto com a areia! Para o convencer, listamos os 13 principais benefícios dessa brincadeira (mas, sim, acreditamos que existam muitos outros!).
- Possibilita o contacto direto com a energia natural do planeta, sobretudo quando a criança pisa descalça a areia. Algumas pesquisas indicam que o contacto com o chão equilibra o organismo.
- Desenvolve a criatividade e a imaginação, uma vez que é um «brinquedo neutro» e pode ganhar a forma que a criança quiser: bolo, castelo, cidades, muros…
- Estimula o desenvolvimento sensorial pelo contacto com diferentes texturas, temperaturas, cores, formas, etc.
- Propicia a interação com outras crianças, outros adultos e até animais (insetos, pássaros…), o que, por sua vez, desenvolve a curiosidade, a solidariedade e a oralidade.
- Estimula a coordenação motora fina, pelo toque e tentativas de agarrar os grãozinhos de areia.
- Estimula, também, a coordenação motora ampla, pela movimentação livre e movimentos (para crianças maiores), como correr, saltar, pular, rebolar (rebolar na areia? As mães, os pais e os professores passam-se! Ahahah).
- Possibilita o trabalho com o planeamento e a criação de estratégias (elas decidem o que e como criar).
- Favorece a aprendizagem de conceitos, como «leve» e «pesado», «cheio» e «vazio», «pequeno» e «grande», «quente» e «frio», entre outros, principalmente quando são oferecidos potes, baldes e pás.
- Estimula a concentração, afinal, os pequenos ficam concentrados nas criações.
- Desperta o interesse pelos elementos naturais (animaizinhos, pedrinhas, folhas, etc.).
- Ensina sobre corpo e identidade, inclusive sobre preferências e incómodos – perceção de que a areia no calçado pode incomodar, identificação que não aprecia a textura da areia molhada, sensação de que tem areia na perna, cabelo…
- Propicia muito alegria e diversão… e é de graça!
Para finalizar, deixamos mais duas dicas quentinhas para facilitar o convívio com a areia:
Tenha sempre à mão uma garrafinha com água para lavar a boca e olhos do bebé, caso entrem em contacto com a areia. Use essa água também para lavar as mãozinhas depois da brincadeira!
Leve pó de talco de bebé para usar no corpinho do pequeno, assim, quando for tirar a areia, não o vai magoar nem arranhar.
Texto: Aline Pinto no blogue BBCria