Até há pouco considerada uma técnica amiga do bebé por promover um sono mais tranquilo, tem sido associada a um aumento do risco de síndrome de morte súbita do lactente (SMSL).
Porquê? Sabemos que o reflexo de despertar é um dos mecanismos de defesa do bebé contra a SMSL (embora por vezes seja uma verdadeira tortura para nós pais). Resumidamente, o organismo do bebé quando sente alguma “falha” acorda para poder repor o equilíbrio.
O swaddling, ao diminuir esta capacidade de despertar, sujeita o bebé a um risco mais elevado.
Além disso, o swaddling tradicional tem também sido associado a um maior risco de displasia da anca por manter as pernas do bebé numa posição não fisiológica.
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Então não é aconselhável? Depende. Em termos de sono noturno não é recomendado. No entanto, se quiser aproveitar esta técnica para as sestas diurnas, é importante ter em mente duas coisas:
- Não prender as pernas do bebé pelo risco de displasia da anca. Na verdade, as coberturas próprias que se vendem atualmente já têm em conta esta recomendação e deixam as pernas do bebé livres.
- Deixar as mãos do bebé livres para que possam ter contacto com o rosto, pois para o bebé este contacto é extremamente importante, além de ser um estímulo que o pode ajudar em caso de necessidade de despertar.
É importante relembrar que queremos apenas delimitar o espaço para que o bebé se sinta mais confortável relembrando o ambiente intra-uterino, e não fazer contenção do bebé!
Texto: Cátia Godinho do projeto A Nossa Mãe é Enfermeira