O caso que damos a conhecer aconteceu no Reino Unido, mas é mais comum do que se imagina. Bethany Green não quis acreditar quando, mal deu à luz a pequena Avery, reparou que a bebé tinha… um dente.
«Ela nasceu com o dente um pouco aparente e às quatro semanas ele estava plenamente desenvolvido. Era enorme», disse a mãe a uma publicação local.
Mum’s shock as baby daughter is born with a tooth – and it’s now ‘massive’ – Mirror Online: Mum’s shock as baby daughter is born with a tooth – and it’s now ‘massive’ Mirror Online Bethany Green couldn’t believe it when she saw her newborn baby daughter… https://t.co/amgiLpS7go pic.twitter.com/e0k1GEO0iL
— Dentistry Dental (@DentistryDenta) February 18, 2019
«Não se sabe o porquê nem o que os motiva a nascerem tão precocemente»
A surpresa foi geral, mas este não é caso único. Por isso mesmo, o site Crescer conversou com a Dra. Joana Costa, odontopediatra da Clínica Hugo Madeira sobre este tema.
«Sim, há de facto bebés que nascem já com um ou mais dentes (dentes natais) e há também casos que ocorre o aparecimento de um ou mais dentes no bebé nos primeiros 30 dias de vida (dentes neonatais)», começa por explicar.
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E o que faz com que isto aconteça? «Não se sabe o porquê nem o que os motiva a nascerem tão precocemente. Existem muitas teorias mas nenhuma com evidência científica», continua.
E acrescenta: «Na maioria dos casos estes dentes são os incisivos inferiores da dentição decídua (leite), embora também se saiba que podem ser dentes extra. Geralmente são pequenos, cônicos amarelados e/ou hipoplasicos (defeitos de esmalte), além de apresentarem alta mobilidade pois têm desenvolvimento limitado das raízes».
O que fazer quando esta situação acontece?
«Os pediatras, por serem os primeiros profissionais de saúde a terem contacto com o bebé, deveriam encaminhá-lo a um odontopediatra, ao qual cabe a decisão da necessidade de removê-lo ou não, após avaliar clínica e radiograficamente alguns fatores», explica a Dra. Joana Costa.
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E que fatores têm de ser tidos em conta? A odontopediatra esclarece: «O grau de mobilidade, pois há risco de aspiração ou deglutição; se já é dente de leite ou dente extra; se o dente está a atrapalhar a amamentação ou alimentação do bebé, ou a magoar a mama da mãe ou até mesmo o dorso (por baixo) da língua do bebé».