O mundo da maternidade tem a sua graça. Cada pessoa dá o seu palpite, as mães só sabem criticar-se umas às outras e são poucas aquelas que respeitam a opinião alheia. A bebé é minha e eu é que sei o que é melhor para ela!
Há quem não tenha a mínima noção da fragilidade de um recém-nascido. E ainda se acha cheio de razão. A minha filha ainda não tem quatro meses e eu já me enervei várias vezes. As visitas são tramadas. Assim que nasce a criança, aparecem lá em casa e, às vezes, nem sequer avisam com antecedência.
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Com cerca de duas semanas, a Carolina já tinha recebido dezenas de visitas. Amigos e familiares cruzavam-se na nossa casa e por lá ficavam durante horas. Não era uma visitinha rápida. Impus a regra, assim fui mãe, de colocar um boião de gel desinfetante para quem entrasse usar de imediato. A maioria levou a mal. Principalmente as pessoas mais velhas, que têm a mania de que “no antigamente” não havia nada destas coisas e as crianças eram saudáveis, não lhes acontecia nada.
A questão que se coloca é: não acontecia ou não era divulgado? Não acontecia ou ignoravam os cuidados que se devia ter com os recém-nascidos? A filha é minha e eu mereço ter a primeira e última palavra.
Há inúmeros casos graves de pessoas que não têm cuidado e depois destroem vidas humanas. Muitas vezes é irreversível.
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Só queria pedir, com este texto, mais compreensão, mais respeito e, sobretudo, mais noção de que os filhos são daqueles que o geram. E as regras são dos pais. Ponto. Chega de críticas. Desinfetem as mãos antes de tocarem em bebés indefesos, ok?
Texto: Rita Barroso