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O que nunca ninguém conta sobre a gravidez

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publicado há 6 anos
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É engraçado… Todas as mulheres sonham engravidar, ou quase todas, mas nenhuma delas imagina o que é estar grávida. Uma coisa é certa: é lindo e maravilhoso gerar um ser dentro de nós. Lá isso é. O nosso filho crescer na nossa barriga é algo indescritível. A primeira ecografia, a primeira vez que ouvimos o seu coraçãozinho a bater, os primeiros pontapés… Tudo é mágico.

Não, nem tudo…

Não tenho saudades nenhumas de estar grávida. As dores nas costas, o inchaço nas pernas e nos pés que nos fazem parecer um verdadeiro elefante! As noites mal dormidas… Ai as noites mal dormidas! Dormia melhor quando ele nasceu, acreditam? Grávida acordava de duas em duas horas para fazer xixi, demorava mais de cinco minutos a virar-me da esquerda para a direita. Só podia dormir de lado. De barriga para cima é perigoso e sentia o peso todo em cima de mim. De barriga para baixo era impossível com aquele barrigão, até podia fazer mal ao bebé…

Depois vem a parte cómica. O não conseguir cortar as unhas dos pés era qualquer coisa… Que nervos! Pudera, fiz um barrigão gigante. O meu bebé tinha mais de quatro quilos! Lavar os pés era a mesma dificuldade. E a depilação na nossa amiguinha? Experimentem… Deixei de ver a vagina aos cinco meses (acho), mas aos sete nem ao espelho!

No emprego, a barriga também começou a incomodar… A dois meses de ser mãe decidi meter baixa. Nem ao teclado chegava! Para trabalhar à secretária só esticando os braços ou de lado. Ir para casa foi a melhor opção.

Já no último mês de gravidez, as pessoas olhavam para mim como se eu fosse a nova atração do Jardim Zoológico. Havia quem comentasse coisas do género «coitada da rapariga, nem sei como aguenta». Mas o melhor era mesmo nos cafés, supermercados e outros estabelecimentos públicos. Mal eu entrava com aquela barriga gigante, que eu ainda estou para perceber o tamanho que atingiu, davam-me logo prioridade. Logo! E eu até me sentia bem… Mas gostava daquela atenção, confesso.

Nos transportes públicos era igual. Cediam-me sempre o lugar… Sempre! Uma vez até um idoso de bengala se levantou, eu até me senti mal, mas ele fez questão, disse que estava rijo e que podia muito bem ir em pé.

Como gosto de desafios, mudei de casa aos oito meses de gravidez. Durante o processo de compra nem dormia descansada, só de pensar que o bebé podia nascer antes de terminarem as mudanças. Felizmente correu tudo bem e o quartinho dele estava pronto duas semanas antes do parto. Mas todo o cuidado é pouco na reta final de gravidez… por isso não consegui fazer quase nada nas mudanças. Arrumei o que consegui!

Para mim a gravidez não foi de todo um mar de rosas, mas ainda vou ao segundo e até ao terceiro, se puder! Apesar de toda a mudança do corpo e dificuldades físicas que passamos, não há nada melhor que ser mãe… É um amor que não se explica!

 

 

 

Texto: Rita Gonçalves

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