Fosse num supermercado, na rua, num parque ou em qualquer zona pública, quando ouvia uma criança a gritar ou a fazer birra, dizia para os meus botões ou para quem estivesse ao meu lado: «Ai se fosse meu filho…»
Disse-o muitas vezes! Critiquei muitas vezes! Até que, por obra do destino – ou do karma! -, meu caiu tudo em cima.
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Tenho uma filha de cinco anos, que de vez em quando “se passa da cabeça” e faz birras intermináveis. Seja onde for. Às vezes chora ela para um lado e choro eu para outro.
É desesperante. É horrível não conseguirmos controlar aquele pequeno ser. São horríveis os olhares reprovadores (sim, aqueles que eu também lancei a outras mães) e as opiniões alheias ao comportamento dos nossos filhos.
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Antes de ser mãe achava que os pais tinham controlo em tudo o que os filhos faziam. Até que dei à luz e percebi que a realidade é bem diferente.
Não olhem para os outros meninos e para os outros pais, e muito menos reprovem as suas atitudes! Agora são eles, amanhã podemos ser nós.
E eu sou a prova disso!
Texto: Joana Garcia