Família

«Mamã, tu também vais morrer? E eu?»: Saiba o que responder

Redação
publicado há 5 anos
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“Respostas simples às perguntas difíceis dos nossos filhos”. Este é o nome do livro de Bárbara Ramos Dias que promete ser uma ajuda crucial na educação de crianças e adolescentes.

A psicóloga garante que muitos desafios nascem na falta de comunicação entre pais e filhos ou entre alunos e professores. Aprender a ouvi-los, a perceber os seus sentimentos e inquietações é essencial para melhorar esta relação.

«Tu também vais morrer? E eu?» é uma das questões dos miúdos que pertencem ao capítulo sobre a morte «A história da estrelinha no céu resulta?», uma dúvida de muitos pais.

Leia aqui a resposta:

O que querem saber? Se vão ficar sozinhos no mundo, se se vão sentir abandonados ou se vão sofrer.

Tranquilize o seu filho dizendo que essa hipótese não está ainda próxima e, portanto, ainda terão muito tempo pela frente que devem aproveitar.

Leia também: «Como ajudo o meu filho a fazer o luto de alguém que já partiu?»

O ideal é generalizar, valorizar o bom, mostrar o que temos para viver e saborear a vida, o dia-a-dia. Pode usar este tema para fazer uma pequena medicação com o seu filho. É importante que foque a medicação no presente, estar a 100 por cento em tudo o que estão a fazer no momento, tudo o que têm, quem são uns para os outros, e ensinar a saborear e a viver cada momento.

Estimule também o sentimento de gratidão. O importante é saber valorizar aquilo que temos, enquanto temos, aproveitando todos os momentos de forma saudável, como já referi.

Possível resposta:

Vou morrer, aliás, vamos todos, mas não sei quando, ninguém sabe. Nascemos e morremos, como tudo aquilo que existe, faz parte do processo natural das coisas. Um dia nascemos e também vamos morrer. Como as flores também nascem e morrem um dia, não é? Acredito que ainda temos muito tempo para estarmos e fazermos muitas coisas juntos.

LEIA AINDA: Abordar a morte com as crianças: «Ela está triste, chora e pergunta-me: “Porquê?”»

Vamos sempre aproveitar cada momento juntos, como se fosse o último, vamos ser o melhor que conseguirmos enquanto seres humanos, para não nos arrependermos de não ter feito ou dito alguma coisa. E tudo vai correr bem. Estou sempre contigo, no coração e nos pensamentos.

Apesar de já sabermos que a morte é uma coisa natural, não precisas de viver com medo que isso aconteça. Deves é aproveitar todos os momentos que o presente te oferece, amanhã logo se vê.

Mas por que é que estás a perguntar? Tens medo de ficar sozinha? Isso não vai acontecer, mas mesmo que eu morra, tens o pai, a avó, os tios, e quando eu um dia morrer, vou estar sempre no teu coração. Nunca nos vamos separar. Lá porque não vive, não deixa de existir, lembras-te? Mas isso vai demorar muitos anos, não te preocupes. Só morro muito velhinha e já sem dentes.

LEIA A ENTREVISTA À AUTORA: Eis o “manual” que faltava para ajudar os pais na educação dos filhos

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