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«Mamã, gostas mais de mim ou da mana?»

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publicado há 5 anos
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«Mãe, quem é que amas mais: a mim ou a Gigi?», pergunta-me Babi, a minha filha mais velha, que tem 11 anos. “Gigi” – apelido de Giovanna – é minha filha mais nova, de três anos.

Fiquei surpreendida com a pergunta, mas aqueles olhos castanhos insistentes fixavam-me e aguardavam a resposta.

«Filha, a mãe ama-vos às duas da mesma forma!», respondo de forma perentória.

De vez em quando fico atónita com algumas perguntas da minha menina pré-adolescente e ofereço, mecanicamente, a resposta mais adequada, ou politicamente correta, ou menos comprometedora. Mas essa pergunta, em especial, fez-me refletir sobre o tema. Queria descobrir se a minha resposta estava, de facto, correta.

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Talvez a resposta certa fosse: «Filha, a mãe ama vocês as duas com a mesma intensidade».

Sim, a intensidade é a mesma, embora não exista medidor para o amor de mãe: ele é infinito, visceral, espiritual, incompreensível.

Mas, sem dúvida, que há diferenças quando se é mãe de mais de um filho. Afinal, nós estamos a lidar com seres humanos que têm características muito próprias. Tem o filho que é mais amoroso e necessita do seu toque. Tem o filho menos sensível, que prefere apenas ter a sua atenção para uma boa conversa…

Tem o filho que é mais bonito, talvez mais inteligente, e que já tem os holofotes da vida voltados para si. Tem o filho que, fisicamente, talvez não seja o mais bonito, mas é o mais sensível e que tem uma inteligência emocional mais refinada.

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Enfim, quem tem mais do que um filho sabe, no seu íntimo, todas as diferenças que podem eventualmente privilegiá-los ou não frente às exigências da vida.

E é precisamente por isso que o amor de mãe, embora tenha a mesma intensidade para qualquer uma das suas crias, é dedicado de “forma” diferente para cada um de seus filhos. Porque cada um deles encara a vida de modo diferente. Porque cada um deles vai precisar de si de uma forma diferente.

Para um deles talvez nós precisemos de ser mais enérgicas, mais firmes. Para outro, talvez você precise de ser mais complacente.

Mas para todos, seguramente, precisaremos oferecer a sensação de segurança e abrigo que só o abraço de mãe tem o poder de dar.

Texto: Marcella Bisetto, mãe, advogada e escritora apaixonada

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