Gravidez

Lara Afonso: «Nunca mais na minha vida vou voltar a pôr o trabalho à frente da família»

Andreia Costinha de Miranda
publicado há 4 anos
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Foi numa conversa intimista que a apresentadora de televisão recordou alguns momentos relacionados com a maternidade, com o “milagre” com que foi presenteada e com o facto de ter posto o trabalho à frente da família.

 

Lara Afonso está prestes a completar 40 anos e, segundo revelou ao site Crescer, está a passar uma das melhores fases da sua vida.

Mãe de Victória, de quase três anos de idade e de Carolina, de quase um, a apresentadora de televisão garante que «é um desafio ter filhas tão próximas.»

«É um desafio porque elas são duas bebés com necessidades diferentes, mas com atenções redobradas. Ao início foi muito complicado», conta.

«Houve uma altura em que pensei que nunca iria ser mãe, biologicamente falando»

Apesar de todas as dificuldades, Lara, que é casada com o radialista e apresentador de televisão Paulo Fernandes, não se queixa, até porque há uma razão especial para tal acontecer. «Houve uma altura em que pensei que nunca iria ser mãe, biologicamente falando. E consegui, depois de muitos tratamentos, engravidar da Victória. De repente, sem recorrer a nada, sem ser ao amor puro e duro (risos), engravidei. Só pensei: “Como assim grávida”? Não me assustei. Fiquei feliz da vida. Fiquei surpreendida. Foi a primeira vez que engravidei de forma natural, com a minha segunda filha», diz, emocionada.

 

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E continua… «Foi uma alegria porque a Victória foi uma luta muito grande para conseguir engravidar e vem a Carolina para mostrar que os impossíveis podem ser contrariados.» Com dois anos e três dias de diferença, as manas «são super mimadas e a companhia uma da outra.» «A Victória abafa a irmã, agarra-a, “estrafega-a” com beijinhos… E adoram-se. Estou profundamente feliz em casa. Acho que tenho o lar perfeito. Vivo muito feliz em minha casa»garante.

«A maternidade é o conforto que o coração precisa»

Lara Afonso foi mãe pela primeira vez aos 38 anos e garante que «a maternidade é o conforto que o coração precisa.»

«É cansativo, é um desafio à nossa capacidade de discernimento, de paciência, de resiliência… de tudo. De “será que somos capazes?…” É um desafio à nossa pessoa… Mas depois há dias em que nos sentimos as super mulheres e há outros em que achamos que não damos conta do recado. E então andamos numa montanha russa de emoções que nos espevita e nos dá energia para o resto do dia… e da vida», diz sorridente.

Lara nunca escondeu a luta que teve para conseguir engravidar da primeira filha. Fez vários tratamentos, até que a boa nova chegou. Até então, a apresentadora sempre pensou que nunca iria ser mãe biológica. Talvez por isso afirme que as mães (e pais!) que lutam tanto para ter um filho, acabem por olhar para os rebentos «de uma forma diferente.» «Isto é tão bom.. tão verdadeiro e tão puro… Todas as mães olham para os filhos de forma única, mas se calhar as mães que tiveram dificuldades extra ou que tiveram que ultrapassar algumas barreiras para conseguir ter filhos, acho que é um bocadinho diferente», assume.

E por que razão Lara tem essa ideia? «Essa diferença eu tenho percebido nas redes sociais das mães que falam comigo… e são muitas, curiosamente, em que vêm falar sobre infertilidade ou “finalmente consegui”, ou “não estou a conseguir”, ou “o que é que eu faço?”… Aquilo que eu recebo delas é que, de facto, quando conseguem é a melhor coisa do mundo. Com as outras mães é igual, claro que sim… mas há ali uma ligeira diferença. É especial. A coisa é vivida de forma diferente», garante.

Por isso mesmo, a mulher de Paulo Fernandes assume que se sente «duplamente abençoada.»

«O meu trabalho tem que me fazer bem para eu trazer uma mais-valia para casa e me sentirem uma mulher feliz»

Passados dois meses do nascimento de Victória, Lara Afonso foi trabalhar – apresentava um programa na CMTV. Uma situação que garante que nunca mais se vai repetir. «Já senti a dificuldade do trabalho e da maternidade. Agora não. Neste momento sinto-me poderosa, porque sinto que finalmente aceitei que não tenho de agradar a toda a gente e acho que isso era uma grande lacuna», assume. 

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E conta a experiência que a fez mudar a forma de encarar a vida. «Na minha primeira gravidez fui trabalhar, ela tinha dois meses. Isto não se faz! Nunca mais na minha vida eu vou voltar a fazer isto. A minha prioridade são as minhas filhas, é a minha família. O meu trabalho tem que me fazer bem para eu trazer uma mais-valia para casa e me sentirem uma mulher feliz. Elas são a minha prioridade e nunca mais na minha vida vou voltar a pôr o trabalho à frente da família. Nunca mais vou cometer aquele erro porque ninguém dá valor», diz perentória.

E acrescenta um fator que considera primordial: «Por muito que sejam bons patrões ninguém te vai valorizar porque tu foste trabalhar mais cedo, porque fizeste mais horas… Por isso vamos lá tentar perceber que o ideal é sermos pessoas normais, cumprirmos o nosso horário, darmos o nosso melhor naquele horário e naquilo que nos comprometemos a fazer. Ponto».

«O patronato devia pensar muito bem sobre este assunto porque empregar uma mãe é empregar uma pessoa feliz»

Afastada da “caixinha mágica” há algum tempo, Lara Afonso assume que em breve vai voltar a trabalhar. «Apareceu um projeto no digital que vai ser lançado na primeira semana de dezembro», começa por revelar.

Leia ainda: «O meu patrão disse-me que como eu estava em idade de ter filhos, não me deixava evoluir na empresa»

Mas só “levanta um pouquinho do véu”. «Vou continuar a fazer aquilo que mais gosto que é ser mãe e comunicar ao meu estilo, por um público que me queira ver, que opta estar a olhar para mim e que opta por olhar para mim e ouvir o que tenho para dizer. Acho que é a mais-valia das novas tecnologias. É percebermos que quem nos está a seguir é por opção. Quem me quiser ver basta ter Internet e ver as vezes que quiser».

E realça o facto de a maternidade «não ser impedimento para nada.» «O patronato devia pensar muito bem sobre este assunto porque empregar uma mãe é empregar uma pessoa feliz e que faz 10 mil coisas ao mesmo tempo. E isso é uma polivalência brutal. Acho que a empresa só tem a ganhar com isso», garante.

«Sim, se calhar falta porque a filha está doente, mas se calhar por ter faltado vai continuar a fazer o trabalho em casa e vai dar ainda mais de si porque faltou, porque foi valorizada no trabalho e porque ninguém lhe caiu em cima por ter faltado. Acho que é isso que as pessoas que empregam devem fazer cada vez mais. Valorizar a mãe e o pai», realça.

«Não há dinheiro nenhum no mundo que me tire horas às minhas filhas»

Tendo Lara Afonso e Paulo Fernandes sido presenteados com duas meninas, será que o casal quer aumentar a família? «Adorava ter mais filhos, mas vou fazer 40 anos este ano. Mas eu já não digo nada… Contrariámos as expectativas! A diferença delas é muito curta e quero que elas tenham qualidade de vida e nós também. E acabei por não apostar a sério na minha vida profissional, porque tive contratempos familiares antes de engravidar. Acabei por não estar a 100 por cento da CMTV, como toda a gente sabe e foi público, mas dei o melhor de mim. Depois, engravidei da Vitória, depois voltei a trabalhar muito cedo e não tive as oportunidades que poderia ter tido. Não calhou, não era suposto. Não é culpa de ninguém, não tive oportunidade. É altura de continuar a ser a mãe que sou, a tempo inteiro, para sempre, mas apostar um bocadinho mais em mim, e se calhar dar a conhecer um lado que as pessoas pouco ou nada conhecem. O que tem de ser será. Sei que o que fizer será sempre com profissionalismo e verdadeiro».

E como forma de finalizar esta entrevista, Lara não podia deixar uma mensagem positiva: «Eu sou a pessoa mais feliz do mundo neste momento. Mesmo que não esteja num emprego fixo, mesmo que financeiramente não esteja por aí além… estou feliz! Tenho tempo para elas. Não há dinheiro nenhum no mundo que me tire horas às minhas filhas», termina.

Fotos: Helena Morais

 

 

 

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