Recém-nascido

Já conhece as joias de leite materno?

Filipa Rosa
publicado há 6 anos
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Muitas mães guardam diversas recordações dos filhos, como os dentinhos, o cordão umbilical, os fios do primeiro corte de cabelo e até o teste de gravidez positivo. Mas a última tendência são as joias de leite materno, que chegaram finalmente a Portugal pela Marky Baby – Joias de Leite Materno.

Na fabricação da joia, o leite materno passa por um processo de petrificação e é preservado em resina. Depois, o produto final pode ser adicionado em fio, brincos ou anel. Cada peça é única e personalizada consoante o gosto de cada mãe! O site Crescer entrevistou a mentora do projeto e explica-lhe como tudo se processa.

A ideia nasceu em 2016, depois de Kristy Batista ter sido mãe. «Quando a Laura tinha quatro meses ouvi falar pela primeira vez em joias de leite materno. Fiquei em êxtase! Ter uma recordação de algo que lutei tanto para conseguir significava muito para mim. Seria uma espécie de prémio pela nossa vitória na amamentação. A minha ideia até era depois deixá-la de herança para a minha filha como símbolo do nosso elo de ligação», começa por contar-nos aquela que colocou de imediato mãos à obra. «Quando me apercebi que teria de enviar o leite para os EUA, esperar seis meses pela minha peça e ainda gastar mais de 300 dólares por ela, desanimei imenso! Foi aí que se fez o clique… Porque não criar a minha própria jóia de leite? Seria ainda mais especial.»

O facto de ter joalheiros na família levou Kristy a iniciar o processo de forma mais rápida. «Queria mergulhar nesse mundo, fazer formações, aprender tudo o que eles tivessem para me ensinar até conseguir fazer a minha própria peça. Foram imensos meses de tentativa-erro até chegar à formula perfeita. O leite não pode ser preservado em estado líquido, tem de ser transformado em pó através de um componente químico, passar por um processo anti-bacteriano e só depois preservado em resina. Isto é essencial para que a pedra de leite seja duradoura e não se altere com o tempo», explica.

«O momento em que tive a minha primeira joia de leite materno nas mãos foi mágico! Foi nesse momento que senti que tinha de as fazer chegar às mães portuguesas. Fomos pioneiros na elaboração de joias de leite materno em Portugal e isso é algo de que me orgulho imenso! Ter a honra de eternizar este laço tão especial entre mãe e filho traz-me um sentimento de realização pessoal imensurável», recorda Kristy emocionada.

«Gostei tanto de realizar a minha própria joia que fiz questão de também dar essa possibilidade às mães que assim o desejassem, criando kits que permitem que cada mãe possa fazer a sua própria peça em casa. A aderência tem sido imensa, muito mais do que alguma vez poderia imaginar. Agradeço a cada mãe pela confiança que deposita em mim na realização da sua peça especial.»

Para fazer encomendas basta visitar o site oficial da marca Marky Baby e escolher a peça que mais gostar. São necessários cerca de 20 a 30ml de leite materno, que podem ser enviados por correio dentro de um saco de congelação bem fechado. Os valores variam entre 39 euros e os 84 euros.

Visite também a página de Facebook da marca aqui.

O «suplício» da amamentação

Apesar de considerar que este tipo de joias é uma das melhores recordações da maternidade, Kristy Batista não esquece o «suplício» que passou com a amamentação. «O início desta viagem foi muito conturbado. Ainda grávida, sentia um enorme desejo de amamentar e confesso que também sentia muita pressão externa para o fazer. Informei-me imenso sobre a amamentação, a subida do leite e todos os possíveis problemas que podiam ocorrer, mas algo que não fazia ideia era que nem todos os bebés nascem ‘profissionais’ a mamar. Não sei porquê, mas tinha a ideia pré-concebida que todos eles já nasciam com esse instinto e não teríamos de os ensinar a fazê-lo», conta-nos.

As feridas criadas pela pega incorreta da sua bebé não deixam as melhores memórias. «Cada vez que tinha de lhe dar de mamar era um suplício para mim. Aquilo que tanto desejava e imaginava ser uma das melhores sensações do mundo tinha-se tornado num inferno», recorda.

A ajuda de uma conselheira de amamentação (CAM) para corrigir a pega e sarar as feridas foi a sua salvação. «Sem ela e sem o apoio do meu marido, provavelmente hoje não estaria ainda a amamentar a minha filha com 19 meses. Aliás, de certeza que teria parado de amamentar muito precocemente.»

Hoje em dia a realidade é outra. «Desde que os problemas iniciais ficaram resolvidos, tem sido maravilhoso! Hoje, procuro ajudar outras recém-mamãs com dificuldades na amamentação e é algo que me dá imensa satisfação!»

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