Histórias Inspiradoras

Pais a Bordo: Conheça o projeto que apoia o Burnout Parental

Andreia Costinha de Miranda
publicado há 6 anos
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O Burnout Parental é uma síndrome tridimensional que engloba exaustão, distanciamento emocional e perda de eficiência no papel parental. Conheça o projeto Pais a Bordo que ajuda os Pais que passam por este problema.

A maternidade é um mundo por explorar. A cada dia há novas experiências e novos desafios que são vividos intensamente por mães e pais.

As dúvidas são muitas e as respostas, por vezes, não chegam. Até porque a informação nem sempre está ‘ao virar da esquina’.

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A pensar no bem-estar de todos foi criado o Pais a Bordo. «Este projeto surgiu quando eu (Inês Maia), autora do Blog Eu, agora Mãe decidi partilhar a minha experiência sobre esgotamento materno nas redes sociais. Após a partilha de textos e desabafos, surgiram outras mães que se identificavam com a patologia e que suscitaram a vontade de levar o meu caso de superação mais além. Mas como não poderia prestar este acompanhamento técnico/psicológico sozinha, fez todo o sentido estabelecer parceria com a Ana Gomes, psicóloga clínica responsável pelo AG – Neurobiopsi (serviço de psicologia e neuropsicologia). Neste percurso complementamo-nos pela experiência pessoal de uma e profissional de outra», começa por nos contar Inês Maia.

O que é o Burnout Parental?

Desta forma surgiu o programa de Prevenção de Burnout Parental. E o que é, afinal de contas, o Burnout Parental? «É uma síndrome tridimensional que engloba exaustão, distanciamento emocional e perda de eficiência no papel parental. Os Pais aguentam as tarefas em piloto automático e não se sentem satisfeitos com a sua postura, atitudes, culpa e descontrole físico e emocional», conta Ana Gomes, que dá a conhecer ao site Crescer o principal objetivo do Pais a Bordo.

«Pretendemos levar a cabo uma rede ativa de apoio a todas as Mães e Pais, a nível nacional, para que conheçam os sintomas desta síndrome e para que possamos dar-lhes voz, apoio, ferramentas e estratégias de prevenção, combate e superação a esta fragilidade tão mais comum do que se imagina?», continua.

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Quais são os sinais de alerta?

E como todo o cuidado é pouco, fique a par de quais são os sinais que tem de ter em atenção relacionados com o Burnout Parental. «Os sinais de alerta existem quando a pessoa é minimamente capaz de manter a sua prestação na realização das tarefas diárias, mas é sobretudo na componente emocional que os sintomas se manifestam. A tristeza, a frieza, o distanciamento, a incapacidade de demonstrar empatia como antes, a alienação; o choro frequente e compulsivo sem razão aparente, o excesso de dúvidas, a culpa constante, o descontrolo, atitudes de desespero, são todos sintomas de exaustão emocional.»

O Burnout Parental não acontece só às mulheres

Ao contrário do que se pensa, o Burnout Parental não acontece só nas mulheres. Há muitos homens também a passar por este problema. «Um pai que, com frequência, procura o silêncio no emprego; um marido que repara no distanciamento e na necessidade de ajudar, embora sem sucesso… Os pais deprimidos são os que não falam dos seus sentimentos mas que desabam sozinhos. São os que não choram mas facilmente se aborrecem e perdem o controle sobre si mesmos. ‘Super Homens’ só existem nos contos infantis. E nenhum pai tem obrigação de se tornar num deles! Os pais podem sentir-se exatamente da mesma forma que as mães e simplesmente demonstrá-lo (ou ocultá-lo) de forma diferente», explicam as mentoras deste projeto.

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Inês e Ana ajudam as pessoas através de quatro meios de apoio

O boletim mensal gratuito (para os subscritores do site) – Serve para aceder a informações que irão certamente ajudar a viver o dia-a-dia com mais conhecimento e estratégias de superação.? Este é enviado mensalmente e escrito alternadamente por ambas;

Grupos de apoio online e presencial – São a continuação do projeto do blogue Eu, agora Mãe! que tem permitido unir vários pais e, principalmente, mães, a abordar e refletir sobre temas ainda considerados tabu relacionados com estas e outras questões da parentalidade;

Workshops – Ana e Inês fazem questão de estar frente a frente com o público-alvo, responder às suas questões, capacitá-lo de novos conhecimentos e formular estratégias que melhor funcionem para ele e para as suas famílias;

Sessões? individuais – Na continuação do trabalho da Ana como Psicóloga Clínica são criadas sessões individuais de regulação emocional. Este acompanhamento pode ser feito de forma presencial ou online por skype.

«Qualquer um destes meios tem um custo simbólico ou no caso do acompanhamento técnico, um valor reduzido e mais acessível tendo em conta o nosso público», asseguram Inês e Ana.

 

Para todos os Pais que queiram entrar em contacto com o Pais a Bordo, aqui ficam os contactos diretos deste projeto.

Site: https://www.paisabordo.wixsite.pt
E-mail: [email protected]

Autoras:

Blogue Eu, agora Mãe (Inês Maia)
AG – Neurobiopsi (Ana Gomes)

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