As exigências do mundo do trabalho e o facto de muitas vezes os casais não terem apoio familiar (devido à distância ou ao porque os avós ainda trabalham, por exemplo) levam a que os Pais procurem escola para os filhos, muitas vezes, logo após a licença de maternidade.
Creche e jardim de infância
Em Portugal, chamamos creche aos contextos educativos que recebem bebés e crianças pequenas até aos três anos e jardim de infância às respostas educativas dos três aos seis anos.
Existem alguns parâmetros mínimos de qualidade ditados pela Segurança Social e pelo Ministério da Educação em termos de segurança, higiene e conforto e também em relação ao rácio de crianças por sala e crianças por adulto.
Trabalhar com bebés de um ou dois anos é uma experiência diferente de ter um grupo de quatro/cinco anos e, por isso, cabe aos educadores adaptarem a sala, os materiais, as rotinas e as atividades educativas à faixa etária e às necessidades dos alunos.
Na creche a rotina diária tende a ser mais ‘pesada’, pois as crianças não são tão autónomas – muitas ainda usam fraldas e o momento da sesta é fundamental.
À medida que vão crescendo, as atividades pedagógicas assumem um papel cada vez mais importante.
Até ao momento em que ingressa no primeiro ciclo, a criança aprende de forma lúdica, isto é, através da brincadeira e de pequenas atividades ou projetos que desenvolve. Apesar de se darem de forma diferente, estas aprendizagens dos primeiros anos de vida são fundamentais e base para todas as outras ao longo da vida.
Os educadores estão atentos ao desenvolvimento (cognitivo, social, afetivo/emocional e motor), comunicando com a família quando veem algum sinal de alerta.
Família ou escola?
Estudos recentes apontam que o cuidado não parental «não constitui uma ameaça séria para as relações da criança com os pais ou para o desenvolvimento emocional da criança». Isto significa que o facto de estarmos a expor crianças pequenas a outras realidades vai alargar o seu leque de experiências, mas se os pais forem atentos e sensíveis, esse tempo passado longe da família não vai afetar as relações intrafamiliares.
Os números mostram que a prestação de crianças que frequentaram estes contextos foi ligeiramente superior à das que ficaram na família em indicadores sociais, como independência, cooperação e socialização, bem como no desenvolvimento cognitivo e na concentração.
Conselhos práticos
? Não se guie por modas nem por rankings, mas sim pelo seu feeling;
? Visite o espaço da escola e faça todas as perguntas que achar necessárias. O seu filho vai sentir-se bem num lugar que deixa os pais tranquilos;
? Sonde a comunidade educativa, tentando perceber qual o impacto da escola no contexto onde se insere, que valores defende e de que forma trabalha.
Agradecimentos: Dra. Catarina Veiga, educacional consultant, CMais; Site: www.cmais.pt; Facebook: www.facebook.com/cmaisconsultoria; E-mail: [email protected]