Sou mãe há quatro anos e o meu filho nunca foi criança de ter rotinas.
Quando nasceu, tentei implementar algumas coisas, claro, como qualquer mãe. Mas o facto de ter ficado em casa com os avós até aos dois anos e meio fez com que as rotinas que queria implementar não fossem cumpridas.
Posto isto, ele ficou sem hora certa para as sestas, para comer, para dormir à noite… E sinceramente, estou-me perfeitamente a borrifar para as críticas que vêm de fora e das mães fundamentalistas que tratam os filhos como robots.
O meu filho já anda na escola há dois anos e tem, na instituição, as rotinas típicas da escolinha, mas… ao chegar a casa as coisas não são robotizadas.
Eu não faço as coisas à pressa. Não o ponho no banho à hora marcada. Não o ponho na cama quando “toca”… Eh pah… não! O que tento sempre é que durma o tempo necessário para ter o sono descansado e para acordar bem disposto.
Se não come às 20:30 e come às 21 ou 21:30… que assim seja. Não vou stressar só porque ele se vai deitar nesse dia mais tarde do que o habitual.
Sou muito descontraída e o meu filho também o é. E ele não é mau menino porque não tem essas rotinas e eu também não sou má mãe porque não sigo um calendário certinho. Desculpem, mas não levo a vida assim!
Não sejam fundamentalistas e não critiquem mães, como eu, que não tenham os horários sempre definidos para tudo.
Sejam mais tranquilas e respeitem as opções de cada um, tal como eu respeito as vossas maneiras de educar “certinhas”.
Texto: J.A.