Fazer chichi na cama é uma situação comum e pode ser considerada normal até aos cinco anos de idade. Ainda assim, cerca de 10 por cento das crianças, entre os cinco e os sete anos, continuam a fazer chichi na cama, e o problema pode mesmo persistir até à adolescência ou idade adulta.
Esta situação pode criar ansiedade e insegurança na criança, por isso, cabe aos pais apoiá-la e ajudá-la a ultrapassar este problema.
O que entende por enurese?
A enurese é o nome dado à perda de urina de forma involuntária (pouco usual em relação à idade da criança), duas ou mais vezes por semana, durante, pelo menos, três meses consecutivos. Tem o nome de enurese noturna quando se refere especificamente a perdas de urina enquanto a criança dorme. Um dos fatores de risco mais comuns é quando, por exemplo, os pais ou avós também fizeram chichi na cama até tarde.
O que leva o meu filho a fazer chichi na cama?
– Aumento da quantidade de urina produzida durante a noite (poliúria noturna);
– Capacidade da bexiga insuficiente para armazenar a urina produzida durante a noite (bexiga mais pequena, prisão de ventre…).
Como evitar o chichi na cama?
– Evite repreender o seu filho. Esta é uma situação involuntária, por isso mostre-se compreensivo e explique-lhe que existem outras crianças da sua idade que passam pelo mesmo problema;
– Recompense o seu filho pelas pequenas vitórias: cada noite que não molha a cama;
– Diminua a ingestão de líquidos à noite;
– Estabeleça uma rotina e inclua a ida à casa de banho antes de ir para a cama. O seu filho deve esvaziar completamente a bexiga antes de dormir;
Possíveis tratamentos
Quando as alterações comportamentais não são suficientes, o pediatra pode considerar medidas adicionais:
– Medicamentos, que têm como objetivo diminuir a quantidade de urina produzida durante a noite. Em geral, não são administrados em crianças com idade inferior a 6 anos;
– Dispositivos específicos com sensor de humidade que são colocados na roupa interior da criança e emitem um som quando a urina é detetada. Ao ouvir o alarme, a criança acorda e interrompe a perda de urina, sendo obrigada a ir à casa de banho. A longo prazo, e de forma consciente, a criança relaciona a ‘bexiga cheia’ ao acordar e, assim, acorda antes do próprio alarme.
Texto: Farmácias Portuguesas