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«O meu filho tem 15 anos e sofre de violência no namoro»

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publicado há 5 anos
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Se ser mãe de um adolescente não é tarefa fácil, imaginem de dois!

O meu filho mais velho tem 17 anos e o mais novo 15. Ambos nunca me deram trabalho por aí além e sempre foram, como costumo dizer, «meninos de sonho.»

Escola, noitadas, amigos… sempre foram filhos exemplares em todas as vertentes.

Mas, se a nossa vida era de paz e harmonia, de um momento para o outro, um dos meus meninos começou a sentir na pele o que é viver um pesadelo.

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Tinha 14 anos quando começou a namorar com uma menina da mesma idade. Sempre o avisei que era cedo, que tinha era de brincar e divertir-se e não agarrar-se a alguém com apenas 14 anos.

Sempre se mostrou tranquilo e ciente que eram muito meninos e que não passava de um namoro de “miúdos”. Mas se com o meu filho mais velho os namoros sempre correram de feição, com o mais novo, a partir de determinada altura, comecei a notar algo de estranho.

Andava triste, cabisbaixo, havia dias em que não queria sair de casa, e cheguei a apanhá-lo a chorar. Tanto eu como o pai perguntávamos porquê, tentávamos descobrir a razão para tamanha tristeza. Mas ele apenas falava em pequenas zangas com a namorada.

Achávamos que eram tudo situações de miúdos e tentámos apenas ficar atentos.

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Até que, certo dia, o meu filho mais velho veio ter comigo e com o meu marido, e disse estar preocupado com o irmão. Foram para a praia e ele notou que o mano tinha nódoas negras na zona das costelas e alguns arranhões no peito. Contou-nos que lhe perguntou o que se tinha passado e que ele desconversou e foi mergulhar.

Mas que quando regressou do mar vinha a chorar e lhe revelou que tinha sido a namorada a fazer-lhe aquilo. Que há meses que ela se tinha tornado agressiva e de vez em quando se “passava” e lhe batia.

Neste caso, tinha-o arranhado e tinha-lhe dado pontapés na barriga quando ele estava deitado.

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O meu coração parou. Quis de imediato falar com o meu menino e conversar, obviamente, com os pais da rapariga. E foi o que fiz. Por acaso, os pais da miúda (desculpem a frieza a tratá-la assim) foram impecáveis e a bem – apesar da nossa revolta -, tentámos resolver a situação.

Durante os primeiros tempos não foi fácil. O meu filho teve de andar num psicólogo e agora sim, está a voltar ao normal. A rapariga também teve tratamento e tem-se tentado aproximar. Sei que o meu menino gosta muito dela, mas não está a ceder, felizmente.

Quero-o longe dela, porque com 15 anos já passou por muito por causa de uma miúda.

Tem a vida toda pela frente para ser feliz e não quero que passe por mais traumas.

Texto: Anónimo

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