Sei que muitas pessoas vão dizer que não são bebés, que são apenas embriões, mas para mim… são bebés! Eram os meus bebés!
Bom… tudo isto aconteceu quando engravidei pela primeira vez. Soube que estava grávida de gémeos, mas o médico alertou que algo “fora do normal” se estava a passar.
Informou-me que não se ouviam batimentos cardíacos, mas para lá voltar dali a uma semana para ver se tinham ou não desenvolvido e para ver se existiam boas novidades.
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Passei uma semana angustiante! Sabia – e hoje tenho noção que o médico tinha a certeza – que não havia nada a fazer. A bem da verdade, o médico queria ver se o corpo tratava de tudo de forma natural. Mas tal não aconteceu…
Uma semana depois lá estava eu, naquela marquesa e a ouvir que os bebés não estavam a desenvolver e que tinha de fazer aborto, caso o corpo não os expulsasse.
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Deram-me uns comprimidos para tornar o processo “mais rápido e eficaz” e andei assim mais uma semana. Foram as duas piores semanas da minha vida.
Os comprimidos não trataram do assunto e lá tive eu de ser submetida a uma curetagem (nome técnico que dão para o aborto).
Estive duas semanas com dois bebés mortos dentro de mim. Foi uma violência psicológica brutal de tão dolorosa que foi. Senti uma dor incrível no meu coração.
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Estas são dores que nunca saram. Que estão sempre cá! E, apesar de neste momento ter nos meus braços um bebé que amo acima de tudo, nunca vou esquecer os meus dois primeiros bebés. Porque eles existiram!
Estiveram dentro de mim e fazem parte da minha vida e do meu crescimento enquanto mulher e enquanto mãe.
Texto: Anónimo
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