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«Estive uma hora com a minha filha a puxar-me o cabelo, porque já não conseguia estar em pé pelo cansaço»

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publicado há 4 anos
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Entre o céu e o Inferno. É assim que defino a maternidade. No meu ponto de vista, as maravilhas de ser mãe andam de mãos dadas com dias de grande pesadelo.

Tenho uma filha que tem testado os meus limites… ao máximo. As noites mal dormidas são mais que muitas e não são raras as vezes em que vou trabalhar de direta. Lembro-me de um dia, quando a minha filha tinha apenas meses, em que estive mais de oito horas a embalá-la pelas divisões da casa, enquanto ela chorava aos berros devido a cólicas. Nada a aliviava. Tentei tudo. Chovia torrencialmente e nem por um segundo a A. parou de chorar. Já ao final do dia, cheguei a um ponto de exaustão tal que já não conseguia estar de pé.

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Deitei-me na cama e estive uma hora com a minha filha a puxar-me o cabelo. Estranhamente, acalmou. Apesar da dor de sentir centenas de cabelos que a serem arrancado, preferi estar ali deitada de olhos fechados.

Agora, já está mais crescida, mas a tortura do sono continua. Resolvida a questão das cólicas, eis que tenho uma criança que tem pesadelos durante a noite. Às vezes, chora só porque sim, porque não há uma explicação aparente.

Antes de ser mãe, dizia para as minhas amigas que nunca me ia tornar numa mulher resmungona e que não ia ser uma mãe como as outras. Mas agora a realidade caiu que nem uma avalanche. Há muito que deitei a capa de super-mãe ao chão. Dou o meu melhor que consigo e sei.

LEIA AINDA: Trauma: Quando uma mãe fica quatro anos sem dormir

Texto: Margarida Ferreira

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