Quando ouvimos a palavra Síria, geralmente associamos a guerra ou a algo menos positivo, tantas são as notícias que se veem e ouvem relacionadas com bombardeamentos ou com mortes e feridos naquele país.
Mas a história que lhe damos hoje a conhecer é o oposto. É alegria, é um ato heróico, é o amor.
Um avô a lutar pelos netos
Patricio Galvéz, um chileno de 50 anos, mas residente na Suécia, viajou para a Síria na esperança de encontrar os sete netos que estavam algures num campo de refugiados.
As crianças, com idades entre um e oito anos, foram levadas para o campo de Al-Hol após a queda, no final de março, de Al Baguz, o último reduto do califado, criado no norte da Síria e do Iraque, pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI), ao qual os pais se tinham juntado depois de deixar a Suécia, em 2014.
Crianças felizes por “escapar” a campo de refugiados
Segundo Galvéz, a filha morreu em janeiro deste ano e o genro em março, ambos em combate.
Após negociações com a Suécia, as autoridades que controlam a região deram autorização para que as crianças fossem para o Iraque para estar com o avô e para fazerem exames médicos, entre outras burocracias, e depois seguissem para a Suécia.
As crianças ficaram muito felizes por irem para perto dos avós e Galvéz agradeceu no Facebook a todos os que tornaram o resgate das sete crianças possível. E ainda fez um alerta!
«Há pelo menos 80 órfãos suecos em Baghuz. Outros moram com as mães, mas também precisam de ser retirados, pois muitos estão doentes. Todas aquelas pessoas que vieram de Baghuz estão com infeções do trato urinário, infeções pulmonares, fome e diarreia. Eles vieram para um acampamento onde não podem ser ajudados. Organizações como a Cruz Vermelha não têm uma ação contínua no campo. Precisam de permissão para entrar. E esse processo dura dias ou semanas», realça.
As imagens do resgate são impressionantes e pode ver, em baixo.
Fotos: Reprodução Facebook