Sempre me disseram que os Pais que tivessem mais do que um filho saberiam, sem qualquer problema, «dividir» o amor por todos eles. Nunca acreditei nesta teoria e hoje, sendo mãe de duas crianças, posso comprovar que isso não é viável.
Amo, claro está, os meus filhos, mas não consigo esconder uma certa preferência por um deles. São os dois os meus grandes amores e dava a vida por ambos, mas o meu carinho pende mais para um deles. O mais velho tem dez anos e o mais novo tem sete.
Trato-os de forma igual, óbvio, mas sempre protegi o mais velho de uma maneira diferente. Sei que sou crucificada por dizer uma coisa destas, pois dá ideia que não gosto do meu mais pequeno, mas não, mães e pais… não tem nada a ver! Amo o meu menino caçula, como lhe chamo, mas, não sei se é por estar a dar mais trabalho que o outro, por ser menos carinhoso, por entrar em maiores confrontos comigo… Não sei!
A minha ligação com o meu primeiro filho é especial. É o filho de sonho.
Sei que ser mãe é um desafio e que nada é perfeito, mas não me julguem por aquilo que aqui escrevo.
Sinto uma afinidade maior com o meu mais velho e, por acréscimo, isso faz-me gostar mais dele. Serei a única a admitir uma coisa destas?
Texto: Célia L.