Saúde

Doença do Beijo: Um testemunho incrível de quem sofreu deste problema

Andreia Costinha de Miranda
publicado há 7 anos
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A mononucleose é mais comum do que se pensa. Esta infeção viral causada pelo vírus Epstein-Barr (da família dos Herpes), pode afetar pessoas de várias idades e é também conhecida como Doença do Beijo, por se transmitir pela saliva.

Os sintomas incluem febre alta, dificuldade em engolir, tosse, dor de garganta, inchaço dos gânglios linfáticos, erupção cutânea, fadiga, mal-estar, problemas no baço e no fígado, náuseas e vómitos.

Um caso real de mononucleose

 

Foram alguns dos sintomas já citados que Bruno Coelho, de 13 anos, teve. Mas o problema não foi detetado de imediato. «No início desconfiavam de amigdalite. Fizeram um exsudado faringeo para ver se a bactéria acusava, mas não acusou nada. Logo, era algo ‘mascarado’ de amigdalite, mas não uma», conta Raquel Coelho, mãe do jovem.

Nessa altura uma amigdalite viral era também hipótese «mas o cansaço era bastante e fizeram-lhe logo as análises epstein barr (vírus da causa da mononucleose infeciosa) e homograma. Aí confirmou-se o resultado final». 

Segundo a mãe do jovem, «a recuperação foi espetacular» mas à terceira semana «voltou tudo à estaca zero». «Deu-se a manifestação cutânea e aí sim, começou um grande mal-estar. Muita comichão e cansaço. A recuperação durou cerca de quatro semanas», revela.

Como citado no site da CUF, com todos estes sintomas é normal que o apetite diminua. Comer pode ser mesmo um sacrifício. No entanto, uma alimentação adequada é crucial para aumentar a imunidade e recuperar da infeção, o que pode durar algumas semanas.

Foi o que aconteceu com Bruno. Tinha fortes dores de garganta e se as duas primeiras semanas foram complicadas, na terceira a mãe confessa que o seu filho «virou bicho». «Não queria ver ninguém. Mesmo estando livre de contágio não se sentia bem com aquele aspeto», desabafa.

Na semana seguinte, a vida do jovem voltou quase à normalidade. As marcas ainda eram visíveis, mas foram desaparecendo com o tempo.

O corpo do jovem ficou todo assim

 

 

Como curar a mononucleose?

 

Para além da medicação, obviamente prescrita por médicos especializados, a alimentação é também uma peça fundamental para que a recuperação ocorra de forma «rápida».

O site CUF dá a conhecer tudo o que deve ou não comer se estiver com mononucleose.

– Adote uma dieta variada, equilibrada e rica do ponto de vista nutricional, com vista a reforçar o seu sistema imunitário. Inclua alimentos de todos os grupos alimentares, mas escolha os melhores para ajudar o seu organismo a combater o vírus.

Prefira refeições mais leves e alimentos mais moles, como sopa, canja, leite, iogurtes e gelados, pois são mais fáceis de engolir e de digerir. Desta forma conseguirá alimentar-se bem, apesar dos problemas na garganta que são característicos desta infeção. Por outro lado, como é desaconselhada a prática de desportos, as refeições mais ligeiras, embora em maior número, permitem que não se sinta demasiado «pesado».

Não coloque as gorduras na beira do prato, mas seja seletivo! Os alimentos ricos em ómega 3, como o salmão, ajudam a combater a inflamação. Para cozinhar, o azeite é a gordura de eleição. Não coma fast food e alimentos com muita gordura, especialmente produtos processados, como batatas fritas de pacote. Assim não irá sobrecarregar órgãos que estão mais vulneráveis por causa da infeção, como o fígado. Não ingira alimentos ácidos, salgados e condimentados, que podem igualmente agravar a dor e o desconforto.

Eleja alimentos não refinados. Por exemplo, coma cereais integrais em vez de pão branco ou biscoitos. Como fonte de proteínas, dê preferência a carnes brancas, ovo, peixes e leguminosas (como o feijão e as lentilhas). Aumente o consumo de alimentos ricos em antioxidantes, como os hortofrutícolas, de modo a fortalecer as defesas do organismo.

Ingira bebidas frescas, de preferência água. Garanta uma ingestão de pelo menos 8 a 10 copos por dia. A desidratação é uma complicação frequente por causa das febres altas e da falta de vontade de beber. No caso das crianças, incentive-as a beber em pequenos goles ou com uma palhinha.

Os batidos e sumos de frutas são uma boa escolha. Além de serem muito nutritivos, também contribuem para manter o corpo hidratado. Mas atenção: os sumos de citrinos podem irritar ainda mais os tecidos já inflamados da garganta. Evite as bebidas gaseificadas e o café.

Os chás também são uma boa opção para hidratar. Alguns estudos mostram que o chá verde pode ser especialmente aconselhável, devido a propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Também se recomenda a ingestão de líquidos para aliviar os sintomas e evitar a desidratação. A adoção destas medidas, juntamente com muito descanso, contribui para impedir o aparecimento de complicações.

 

Fonte: Site CUF

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