Saúde

Dermatite atópica: A prevenção, as causas e os sintomas

Redação
publicado há 6 anos
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A dermatite atópica é uma doença inflamatória crónica da pele, com início habitual durante a infância e manifesta-se entre 10 a 20 por cento da população pediátrica.

Quando surgem os primeiros sintomas?

Geralmente a dermatite atópica aparece no primeiro ano de vida. O prognóstico é favorável na maioria dos casos, sendo que aproximadamente 60 por cento das crianças apresentam diminuição ou desaparecimento completo das lesões antes da puberdade.

Em Portugal, estima-se que cerca de 10 por cento das crianças são atingidas pela doença. Na maior parte das situações a doença tende a melhorar muito e até a desaparecer com a idade, embora possa permanecer por toda a vida.

A persistência da doença é mais observada nos casos onde o aparecimento é mais tardio.

De um modo geral, a dermatite atópica afeta pessoas com história pessoal ou familiar de asma, rinite alérgica ou dermatite atópica.

Como se manifesta a dermatite atópica?

 

A dermatite atópica caracteriza-se por prurido cutâneo, que tende a ser recorrente, e distribuição característica das lesões que variam com a idade. As lesões típicas de fase aguda consistem em erupções avermelhadas, formando pápulas ou vesículas, com exsudação e formação de crosta que evoluem, na fase crónica, para lesões descamativas.

Esta dermatite pode, na primeira infância, atingir toda a superfície corporal, mas poupa em geral a região das fraldas; durante a segunda infância o atingimento da pele ocorre preferencialmente nos membros, com particular destaque nas superfícies flexoras.

 

Como se previne a dermatite atópica?

 

– Evite fatores que possam contribuir para agravar os sintomas ou desencadear uma crise (tabaco, álcool, produtos agressivos para a pele, ácaros, pólen e/ou poeira, alergénios alimentares, nomeadamente leite, ovos, frutos secos, entre outros);

– Troque o banho por um duche rápido com água tépida (5 minutos diários), pois o calor aumenta a secura da pele e reativa a inflamação;

– Utilize produtos de higiene adequados para pele atópica, mais suaves e que exercem uma ação calmante;

– Faça a higiene do corpo com as mãos, é mais higiénico do que utilizar esponjas;

– Lave sempre as roupas novas antes de as usar para remover corantes irritantes e acabamentos de tecido;

– As roupas que contactam diretamente com a pele, inclusive os lençóis, devem ser de tecido macio e confortável (por exemplo algodão) e após cada lavagem a roupa deve ser bem enxaguada de modo a remover os restos de detergente;

– Se necessário, calce luvas de algodão à noite para impedir que se coce à noite durante o sono;

– Pratique atividades de relaxamento, como yoga ou meditação, que ajudem gerir melhor o stress.

Mas há mais…

 

– O banho deve ser diário, rápido e com água morna. A secagem deve ser feita sem esfregar a pele e deve ser imediatamente aplicado um creme para favorecer a hidratação da pele e manter a sua função de barreira;

– Convém reforçar que uma pele seca causa mais prurido, agravando o ciclo da dermatite atópica;

– As unhas devem estar sempre bem cortadas e limpas para evitar as infeções microbianas secundárias ao ato de coçar;

– O suor tende a agravar a dermatite atópica e, por esse motivo, é recomendável tomar banho após a prática de desporto;

– As roupas que contactam diretamente com a pele, incluindo os lençóis, devem ser de fibras naturais, como o algodão. É recomendável que as roupas lavadas sejam bem enxaguadas de modo a remover restos de detergente, que frequentemente agravam a doença;

– O calçado deve ser de couro e as meias de algodão, de modo a permitir um bom arejamento;

– O excesso de calor e as mudanças bruscas de temperatura podem ser fatores de agravamento na dermatite atópica e devem ser evitadas. Assim, os quartos devem ser bem arejados e os aquecedores evitados. Deve-se evitar o uso excessivo de cobertores na cama para evitar a transpiração;

– Os ácaros (pó) são também factores de agravamento da dermatite atópica, pelo que se devem remover tapetes, alcatifas, cortinas, peluches e tudo aquilo que pode levar à retenção de ácaros nos quartos.

 

Para esclarecer todas as dúvidas fale com o pediatra ou dermatologista.

 

Fonte: Farmácias Portuguesas e site CUF

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