Histórias Inspiradoras

Conheça o Dom Maior de Dinis, um menino que tinha poucas hipóteses de sobreviver e hoje tem 11 anos

Filipa Rosa
publicado há 4 anos
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Esta é uma história de perseverança. Porque é isto que se espera dos pais que não desistem dos filhos. Conheça Dinis, que inspirou a associação Dom Maior.

Dinis tem uma doença rara, diagnosticada aos 11 meses. Tem 97 por cento de incapacidade, cinco por cento de visão em metade do olho esquerdo e cegueira total no olho direito.

Os pais, Sofia Terceiro e Paulo Rosa, nunca perderam a esperança ao ouvir o pior dos diagnósticos. Nem mesmo depois de lhes dizerem que o filho tinha uma esperança de vida não muito superior a um ano. Arregaçaram as mangas e traçaram um objetivo: lutar até ao fim e nunca desistir do filho, que, para eles, nasceu com um dom.

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Quando o filho completou 10 anos, em 2018, Sofia e Paulo decidiram partilhar esse dom com outras pessoas que precisam de ajuda. E assim nasceu a Associação Dom Maior, sem fins lucrativos, dedicada, sobretudo, a crianças e jovens portadores de deficiência em diversas áreas.

Veja aqui a nossa reportagem especial:

O Dom Maior e o braço direito da mentora

Para Sofia e Paulo, era «cruel demais» não partilharem as coisas boas que vivenciaram ao longo de 10 anos. «Acreditámos que era uma dádiva divulgarmos ao mundo que existem respostas. E o Dom Maior é o encurtamento das respostas que muitos pais fazem. Eles não trazem nenhum guia explicativo nem um orçamento. São crianças como as outras e eu costumo dizer que têm um dom, mas cabe-nos a nós descobrir as respostas para abrir aquele dom com que eles nascem», referiu Sofia Terceiro durante a entrevista. «Ajudar é aquilo que me faz sentir viva. Sinto que todos os dias contribuo de alguma forma para que a vida de alguém mude.»

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E uma das vidas que Sofia mudou foi a de Ruben Portinha, que nasceu praticamente cego. Estava desempregado quando foi desafiado a ser o braço direito da mentora deste projeto. Tem 31 anos, é licenciado em Ciências da Comunicação e músico. O problema de visão nunca o impediu de realizar os seus sonhos.

Na associação faz um pouco de tudo: marketing, comunicação, secretariado, organização de eventos e tudo aquilo que seja preciso. «Uma filosofia de vida que eu sempre tive foi: não será a falta de visão que me vai impedir de chegar onde quero chegar e acho que tenho cumprido», conta-nos, explicando a sua condição. «Nasci com glaucoma, fui operado pela primeira vez aos dois meses. Nasci com baixa visão, cinco por cento no olho direito e, no olho esquerdo, apesar de ser considerado cego clinicamente, sempre tive perceção visual», explica aquele que lançou o seu primeiro disco em 2017 e está agora a trabalhar no segundo. «A paixão pela música surgiu em paralelo com a paixão pela rádio. Sempre me habituei a ouvir rádio e músicas, foi sempre a companhia do meu pai.»

Com mais de 60 temas originais, um disco e muitos concertos, Ruben Portinha é uma das vozes oficiais do hino da associação Dom Maior. «Somos tão diferentes, somos tão iguais, não foi fácil descobrir o que eu tenho em mim, mas agora já aprendi, já entendi, o meu dom maior é ser assim…» É este o refrão da música que o músico escreveu.

Veja aqui o videoclip:

 

A associação Dom Maior tem como missão capacitar, reabilitar, ensinar, potenciar e encaminhar profissionalmente os seus utentes, preparando-os para a vida, com o objetivo de integração e participação ativa em sociedade.

Morada e contactos:

Rua Coronel Bento Roma, 12 B Alvalade, Lisboa

966 332 225

[email protected]

facebook.com/associacaodommaior

www.dommaior.pt

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