Cada vez mais o complexo supermulher faz parte das nossas vidas… Lá dizem os quatro e meia, a “terra gira em contramão, andamos loucos sem direção, corremos até nos faltar o ar e a vida vai ficando para depois”. Dia após dia, após dia, após dia…
Toca o despertador, parece que acabámos de adormecer… miúdos para levantar, arranjar, dar pequeno-almoço, levar à escola, horários a cumprir.
Todos os dias um frenesim e seguimos para o trabalho! Desafios atrás de desafios, as horas passam, o relógio não para…
Regressamos a casa mesmo no limite para chegar à escola antes da hora de fecho! Ou vamos diretos a casa e, por vezes, bem mais tarde, quando temos quem os vá buscar à escola. Banhos, jantar, preparar o dia seguinte, dormir… E o ciclo repete-se…
Adoramos a nossa família e a nossa casa. Queremos fazer o máximo pelos nossos, queremos que tudo funcione e nada falhe, dar o máximo e ser um exemplo…
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Depois temos uma profissão ou mesmo uma carreira! Lutamos pelo reconhecimento das nossas capacidades, queremos fazer o que gostamos, queremos evoluir e queremos fazer parte deste mundo de trabalho.
Queremos sempre dar o máximo sem falhar.
Entretanto como somos mulheres devemos estar lindas, magníficas, cuidadas e cheias de amor para dar. Claro!
Como não?
Então nós não somos verdadeiras supermães, supertrabalhadoras, superfantásticas, superprodutivas, supersexys, SUPERMULHERES? Sim, dar o máximo, sem falhar.
Complexo supermulher: A importância de pararmos de querer ser perfeitas… sempre
As culpas são velhas… temos que ser boas meninas, boas mães, boas esposas, boas organizadoras e boas donas de casa.
Os papéis, esses, são novos! Desempenhamos hoje um papel profissional ativo, queremos uma participação prestigiada a nível social, de cidadania e estar na frente de decisões políticas. Igualdade de género obviamente!
E queremos ser boas nestas áreas também.
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Mas continuamos a acumular os novos papéis desempenhados no topo dos velhos papéis e cada vez nos sobrecarregamos mais… Lá está novamente o complexo supermulher a tomar conta da nossa vida…
A cabeça sempre sobrelotada de uma agenda apertada, em que a gestão de toda a vida familiar, doméstica, pessoal e profissional está centralizada frequentemente numa só pessoa.
Quem nos exige tanto? A sociedade? Nós próprias? O que se espera verdadeiramente de nós? Nada abaixo de perfeição!
É importante pensar no grau de exigência que cada uma de nós coloca sobre si, que nos leva a níveis de stresse e ansiedade nem sempre fáceis de controlar.
Por vezes dar um nome ajuda a relativizar (é ou não é?) por isso decidimos que vamos designar este estado de: Complexo Supermulher!
E, hoje declaramos guerra a este complexo por nós batizado e do qual a partir de agora muito iremos falar!
Impõem-se palavras como equilíbrios, escolhas, mudanças e prioridades. Delegar e confiar, aprender a largar o que não é essencial e importante.
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Parece simples mas é exigente e trabalhoso mudarmos os nossos comportamentos e atitudes. Há fases na vida em que urge arregaçar as mangas e trabalhar sobre o projeto mais importante do mundo – o nosso projeto de vida.
Deixamos quatro dicas que serão os próximos temas que a ser abordados:
- Conheçam-se e valorizem-se!
- Decidam o que é importante!
- Saibam dizer não!
- Cuidem-se!
Não se deixem embrenhar neste complexo de supermulher… Há coisas na vida que são bem mais importantes que a perfeição que a todas nos é exigida… por nós, ou pela própria sociedade.
Texto: Alexandra Rosa, mulher, mãe, psicóloga, e Rita Costa, mulher, mãe, neurocoach e terapeuta da fala
Projeto Fale Connosco – Saúde Personalizada, Lda
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