Tinha 22 anos quando os meus pais se separaram.
Cada um deu seguimento às suas vidas e a minha mãe, anos depois, começou a ter uma relação com um homem alguns anos mais novo que ela.
Como é natural, começámos a ter uma relação como tantas outras famílias. Almoços, jantares, férias…
Até que percebi que algo se passava comigo. Queria muito estar com ele, almoçar, jantar, ir à praia… percebi que me estava a apaixonar pelo meu padrasto.
Conversei com ele e deixei-o perplexo. Pedi para não contar nada à minha mãe e que aquele fosse um segredo nosso.
Tive de sair de casa. Arranjei uma solução e, a bem, sem dramas visíveis, fui viver com o meu pai. Basicamente, fugi.
Hoje, passados mais de dez anos, estou bem, casada com o homem da minha vida e com um filho. A paixoneta pelo meu padrasto passou e até hoje a minha mãe não sabe da verdade.
Eles continuam juntos e eu feliz por eles.
A vida, por vezes, prega-nos com cada susto, que temos mesmo de nos afastar para nos recompormos.
Eu fugi do meu problema e foi a solução para o resolver.
Texto: Anónimo