Histórias Online

AMA(menta)R, SIM!

Histórias Online
publicado há 8 anos
0

Esta minha história começou há mais de quatro anos. A grande L. nasceu a 5 de Outubro de 2013 e no dia 6 já tinha o terror traçado. Eu, mãe super jovem de primeira viagem, não sabia nada de nada da maternidade. Sem medo algum, de como seria a gravidez, o parto ou o pós-parto. Gravidez cinco estrelas. Parto cinco estrelas. Pós-parto, bebé impecável, amamentação um terror.

Desde o dia seguinte ao nascimento, que os mamilos ficaram feridos e sangravam a cada mamada! Eu tinha dores, chorava cada vez que tinha que dar de mamar! Tentei tudo, cremes, bicos de silicone, posições da bebé, bomba de tirar, mil e uma coisas! E nada resultou. Fui à médica, espirrava leite por todo o lado, sempre com toalhas quando não tinha soutiens e/ou discos, mas tinha tanto leite como feridas e dores.

Na consulta de um mês e qualquer coisa, com um espetacular pediatra, ouvi o seguinte: «Mãe, não estamos na idade da pedra para a mãe estar a sofrer dessa forma. Vai ao supermercado/farmácia e compra um leite desde que seja número 1, cura essas feridas e depois logo vemos se a menina volta a mamar!» Assim o fiz e… foi o melhor que fiz.

Eu já estava impossível de me aturar, não estava bem física e psicologicamente! Felizmente tinha tanto apoio, dele, principalmente, e em quem eu descarregava sem culpa alguma!

Segunda gravidez! A D. nasceu a 27 de fevereiro de 2018! Desta vez já tinha alguns medos. A dois é sempre mais fácil de ultrapassar! Amamentar… só espero que resulte desta vez. Quero muito que resulte. Nunca nada é igual. Desta vez fiz um curso de preparação para o parto, no qual aprendi imenso. Acerca da amamentação, aprendi que existem ajudas e às quais queria recorrer se fosse necessário.

O segundo dia foi igual, feridas, dores. Pedi ajuda na maternidade e a «pega era perfeita», «amamentar também dói!» Tinha aprendido que amamentar não dói, que amamentar é e tem que ser um ato de prazer! Mas já não estava a ser! Pedi ajuda no centro de saúde e com a enfermeira que me seguiu a gravidez toda. Novamente «a pega perfeita» e «o mamilo é que é sensível».

Ponto final parágrafo, sensivelmente 10 dias de vida da D. e não vou amamentar mais. Vou tirar o leite e vou dar suplemento se necessário. A primeira vez que tirei o leite senti um enorme ALÍVIO por não ter aquela boca linda que tanto amo a sugar-me o peito, a contrair-me todos os músculos para me defender das dores!

Consciente que não sou menos mãe por não conseguir amamenta-las, afinal, amor tenho (e muito!) para lhes dar! Mais importante que amamentar, é Amar, sim, sem dúvida ! Sem pressão (de mim, para mim) ou de toda a sociedade que só apoia a amamentação e poucos percebem a dor da mesma!

Texto: Marta Marques

Siga a Crescer no Instagram

Artigos relacionados

Últimas

Botão calendário

Agenda

Consultar agenda