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«A amamentação correu bem, mas decidi desistir e ouvi as maiores barbaridades»

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publicado há 5 anos
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Sempre disse que não queria, nem sequer experimentar a amamentação. Mudei de ideias quando fui mãe. Apesar de não ter sofrido nada, não quis continuar. A partir daí tenho recebido as maiores críticas, que me custaram algumas amizades.

Seja porque não conseguem, não podem ou simplesmente não querem… A opção de amamentar é sempre nossa. Estão a ler bem, suas fundamentalistas? A OPÇÃO É SEMPRE E SOMENTE NOSSA!!!

Estou farta deste assunto da amamentação, da obrigação que temos em amamentar, da pressão da sociedade perante uma opção que só depende da própria mulher. Mas afinal os filhos são de quem? Da mãe ou do povo?

Não, nunca quis amamentar, mas quando fui mãe mudei de ideias. Experimentei e o meu bebé pegou logo muito bem na maminha. Não sofri quase nada, só nas primeiras vezes. Depois foi sempre um santo.

Confesso que não achei muita graça, mas… lá está. Tentei dar-lhe o leitinho que dizem ser o melhor de todos. Após dois meses desisti. Simplesmente não me apeteceu continuar. Apesar de ter corrido sempre bem, não estava feliz. Aquela ligação perfeita entre mãe e filho são só tretas. Continuei a ter a mesma ligação com o meu filho e hoje em dia é ainda mais forte.

Depois, só o facto de ter de me afastar das pessoas para ter a minha privacidade e dar de mamar ao meu filho… Esqueçam! Aquilo não é para mim, não é, pronto. Critiquem se quiserem, não quero saber! O corpo é meu, o filho é meu, hoje em dia já tem três anos e está muito bem de saúde.

Desde então, tenho recebido as maiores críticas de pessoas até bem chegadas. Houve barbaridades que ouvi que me custaram relações. Houve amigas minhas que me acusaram de negligente, de má mãe, de inconsciente. «Se estava a correr tudo bem e se a qualidade do leite era boa, não devias ter desistido! Isso não se faz! Devia ser proibido», disse-me uma delas, que conheço há mais de 20 anos. Resultado? Nunca mais nos falámos. Estou bem melhor assim.

Futuras mamãs: não se deixem influenciar. Façam o que vos vai na alma. A opção é de cada uma e mais ninguém tem que opinar.

 

 

 

Texto: Carolina Guerreiro

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