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All Aboard Family: Família portuguesa largou tudo e foi em busca de um sonho pelo mundo

Redação
publicado há 5 anos
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Filipe Almeida, de 30 anos, tem uma doença renal desde muito novo e, em conjunto com a companheira, Catarina, e o filho, Guilherme, de um ano e meio, decidiram embarcar numa aventura pelo mundo, durante um ano. Uma vez que é doente crónico , Filipe realiza tratamentos de hemodiálise três vezes por semana, sendo uma inspiração para todos os doentes renais.

Durante um ano, Filipe, Catarina e Gui vão passar por 30 países diferentes e as suas rotinas vão ser devidamente programadas de acordo com os cuidados necessários à saúde de Filipe. Esta viagem tem como objetivo demonstrar que é possível integrar uma doença crónica e o seu tratamento com o levar a cabo de uma vida plenta e da concretização de um sonho.

Um blogue de sucesso

Toda a jornada poderá ser seguida através do blogue criado para o efeito ou nas redes sociais, onde já se podem ver algumas imagens tiradas nas Bahamas, o primeiro destino escolhido.

A família partiu no dia 29 de março, mas antes respondeu a algumas perguntas feitas pelo site da Nova Gente – e que a Crescer dá a conhecer -, nas quais explicou tudo, mas mesmo tudo, o que envolve esta aventura.

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Ao longo da entrevista as respostas foram dadas em família, ou então respondidas individualmente pela Catarina, ou pelo Filipe.

«Somos todos peças de puzzle que se encaixam uns nos outros»

Como surgiu a ideia de realizar esta viagem?

All Aboard Family (AAF) – Sempre gostamos de viajar e este gosto pelas viagens sempre foi muito mais meu do que do Filipe. Já viajávamos sozinhos, sem o Gui, desde que nos conhecemos. O Filipe sempre foi mais aventureiro e já me pedia há muito tempo para irmos viver para Bali e para fazermos coisas fora do comum. Eu trabalhava numa multinacional, como team leader de uma equipa há 4 anos e há 10 que já fazia parte da empresa, um dia cheguei a casa muito chateada e disse ao Filipe: ‘Vamos dar a volta ao mundo!’. Nesse dia fomos comprar um mapa gigante e começámos a planear.

De que forma conseguiram juntar meios suficientes para conseguirem visitar tantos países e ao mesmo tempo terem de vir a Portugal com alguma frequência para analisar o estado de saúde do Filipe?

Tivemos de fazer algumas opções e definir prioridades. Vendemos a casa, o tuktuk e o recheio da mesma. Também fomos juntando algum dinheiro. Não iremos ficar em locais de luxo, iremos procurar algumas opções cuja qualidade-preço seja boa. Voltaremos a Portugal apenas 4 vezes no total de um ano.

O Filipe tem uma doença renal, como vai ser feita esta gestão do estado de saúde? Vêm a Portugal para irem tendo uma segurança?

Primeiro procuramos países onde acreditamos que as condições para os tratamentos sejam boas. O meu estado clínico está estável neste momento, e por isso, acaba por nos trazer alguma segurança. Das quatro vezes que voltarmos a Portugal irei fazer todos os exames para garantir que está tudo bem para continuar com a viagem. Além disso, temos todo o suporte que a Diaverum, a empresa de hemodiálise que nos está a ajudar na parte dos tratamentos. Traz-nos também mais descanso saber que estão disponíveis para o caso de alguma eventualidade.

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Que tipos de apoios vão ter no que diz respeito à doença do Filipe?

(Filipe) Eu já fazia diálise na clínica Diaverum de Linda-a-Velha, e é uma empresa de cuidados renais em que eu acredito e confio muito. Sempre me apoiaram na procura de diálise em Férias e mesmo em Portugal quando precisava de sair da minha clínica para outra. Nesta aventura acabámos por contactá-los para nos darem todo o suporte logístico e financeiro que precisávamos e prontamente reuniram todos os esforços para embarcarem connosco na aventura.

Ao longo de um ano vão visitar 30 países. Qual foi o critério de seleção dos destinos? Porquê durante um ano?

Haviam destinos que sempre estiveram na nossa lista e que sempre quisemos visitar. Alguns deles acabaram por ficar em standby até percebermos que era possível viajarmos para lá para fazermos os tratamentos. O critério principal é se têm hemodiálise ou não. Depois procuramos também destinos mais quentes uma vez que a logística é mais simples = menos casacos, gorros, meias e afins. Durante um ano porque financeiramente esperamos conseguir fazê-lo. Se tivermos apoios e suporte a outro nível, poderemos fazê-lo mais do que isso. Tudo dependerá.

Vão visitar alguns países europeus, mas também alguns um pouco mais longe de Portugal. Porquê começarem pelas Bahamas?

Esta viagem é a concretização de alguns sonhos: eu (Catarina) sempre quis ver os porcos nadadores, das Bahamas e, quando percebemos que a melhor altura para os visitar batia com o início da viagem nem olhamos para trás. Vamos visitar muitos países fora da Europa e adoramos fazê-lo uma vez que as culturas são bastante diferentes da nossa.

O Filipe recebeu a notícia de que sofria de uma doença renal quando tinha apenas 12 anos. Saiba como esta família viaja pelo mundo, tendo sempre em atenção o problema de saúde de Filipe, aqui, na revista Nova Gente.

 

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